segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Conheça a síndrome dos isquiostibiais, na região posterior da coxa

  Síndrome dos isquiotibiais. Esta condição ortopédica de nome complicado vem afetando um número cada vez maior de corredores, tanto amadores quanto profissionais. Trata-se de um conjunto de sinais e sintomas caracterizado principalmente pela dor na região da tuberosidade isquiática, que é exatamente aquela protuberância óssea que podemos palpar exatamente no ponto que pressionamos quando estamos sentados.
Região posterior da coxa- Este relevo ósseo é o local de onde se originam os tendões dos músculos isquiotibiais (semimembranoso, semitendíneo e bíceps femural), e quando existe uma sobrecarga muito intensa nesta região estes tendões sofrem um desgaste, desenvolvem inicialmente um processo inflamatório no local e o quadro clínico evolui com dor, diminuição da força muscular local, desconforto ao sentar por longos períodos e dificuldade para treinar com intensidade alta.
Os músculos isquiotibiais, ou apenas ísquios, trabalham predominantemente de forma excêntrica no ciclo da marcha e da corrida, ou seja, estão realizando força enquanto estão sendo alongados. Como a contração excêntrica é mais lesiva ao tecido muscular se comparada à contração concêntrica (que faz força com o músculo sendo contraído) e como este tipo de exercício não é comumente treinado em salas de musculação pela grande maioria dos corredores, os músculos se tornam pouco preparados para suportar estas contrações e acabam por desenvolver esta lesão.
Tratamento- Exames de imagem como a ressonância magnética podem auxiliar o médico na definição do diagnóstico. De tratamento difícil e muito longo, esta condição requer inicialmente o controle dos sintomas de dor e posteriormente um treinamento muscular para a região, baseado exclusivamente em exercícios excêntricos.
Drogas anti-inflamatórias devem ser prescritas apenas para o alívio dos sintomas de dor e somente por alguns dias. Compressas de gelo também podem ser usadas no local da dor. A corrida deve ser diminuída significativamente, de acordo com os sintomas, ou até mesmo substituída por outra atividade aeróbica.

Dr. José Marques Neto -

Consultor Webrun da seção Medicina Esportiva - www.webrun.com.br

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