terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Menos é mais: treinar em excesso não garante desempenho

 

O que você sabe sobre treinar em excesso?

Num passado não tão distante a regra básica era que os corredores deveriam correr e os levantadores de peso deveriam fazer musculação. A preparação física para corredores era correr cada vez mais, até que vieram os treinos intervalados e regenerativos de Bowerman e Prefontaine, quando ficou bem definido que depois de um dia de treino intenso, deve-se treinar leve.

Nos anos 70, o então treinador da Universidade de Oregon, Bill Bowerman,treinava diversos competidores de elite, entre eles o recordista americano de diversas distâncias Steve Prefontaine. Entre suas teorias revolucionárias, ele contrariou os formatos de treinamento da época, em que os atletas costumavam pegar pesado vários dias da semana antes de descansar ou realizar uma atividade leve.

Hoje, vamos muito além desse conhecimento. Sabemos a partir de artigos científicos que o movimento e o fortalecimento leves, quando bem aplicados, são fisiologicamente importantes pelo efeito da mecanotransdução, ou seja, a explicação de como o estímulo mecânico atua sobre a célula muscular para que ela produza fibras estruturais que possibilitem a regeneração tecidual. Este processo ocorre também no alongamento e no fortalecimento.

Menos é mais: treinar em excesso não garante desempenho

Foto: Fotolia

Mas, muito além de estudos científicos, é importantes trazer essas informações para nossa realidade e entender como isso interfere no nosso treino diretamente. Não é possível fazer um treino de fortalecimento agressivo, seja ele qual for: pilates, crossfit, musculação, treinamento funcional, etc, sem aumentar as microlesões que foram adquiridas durante o treinamento intenso de corrida. É bom entender que sou totalmente a favor desses tipos de fortalecimentos, mas quando feitos com consciência e planejamento.

Portanto, a regra é bem simples: o que te prepara para o seu esporte principal, para o qual você realmente está treinando para ter resultado, não pode ser agressivo a ponto de causar dor. A não ser que esteja num planejamento de início de temporada para ganho de massa muscular, o trabalho de força tem sempre que ser regenerativo para o corredor e nunca lesivo.

Trocando em miúdos: menos é mais!

Fonte: Claudio Cotter  - site webrun.com.br

Tradicional corrida em Angicos abre inscrições

 






Nordeste é a região que mais cresce na corrida de rua em todo o Brasil

 

 


O Ticket Sports, maior plataforma de venda de inscrições para eventos esportivos da América Latina, acaba de disponibilizar o levantamento anual sobre o “Perfil do Atleta Brasileiro”. E ela revela um aumento expressivo na participação de atletas do Nordeste, que passou de 9% em 2023 para 22,3% das inscrições no ano passado, consolidando-se como a segunda região com maior número de esportistas. O Sudeste ainda lidera, com 51% das inscrições, embora tenha registrado uma queda expressiva em relação ao ano anterior, quando representava 60,2% do total. 

O crescimento do Nordeste reflete a ampliação do interesse e acesso à prática esportiva dos moradores da região, além de estar possivelmente relacionado ao turismo, já que 48% de todos os atletas inscritos (de todas as regiões) competiram em eventos fora de suas cidades ou estados. As demais regiões mantiveram números semelhantes aos registrados nos anos anteriores no estudo.

Em 2024, tivemos algumas corridas na região como a 39ª Corrida Cidade de Aracaju, a Meia Maratona de João Pessoa, a Maratona Salvador, a Meia Maratona 21K Sergipe Run e a 6ª Meia Maratona Cometa, que se destacaram não apenas pela quantidade expressiva de participantes, mas também pela crescente relevância internacional. Com uma média estimada de 9% de estrangeiros entre os participantes das principais provas, o apelo turístico do Nordeste brasileiro reforça o potencial dessas competições como grandes vitrines do esporte nacional.

“Os dados do Nordeste destacam o crescente interesse dos atletas da região, não apenas em participar de eventos locais, mas também em competir fora dela. Esse fenômeno reforça a importância da região, reconhecendo seu potencial e evolução, e sublinha a necessidade de intensificar os investimentos e ampliar o apoio ao Nordeste”, afirma Daniel Krutman, CEO do Ticket Sports.

O estudo divulgado é resultado da análise de mais de 1 milhão e 800 mil inscrições vendidas e 2.500 eventos abertos na plataforma ao longo de 2024. O ano que terminou teve ainda um cenário com novos participantes e um crescimento orgânico em relação a 2023 na plataforma. 

“Uma das tendências para 2025 é a preocupação com a escolha de percursos que tenham apelo turístico, como praias famosas ou locais icônicos das cidades, valorizando o potencial de atração de atletas e visitantes estrangeiros. Além disso, conseguimos observar a apropriação das cidades para treinos, com exemplos como João Pessoa, onde a prática esportiva é incentivada. Esses são indicadores de como as provas no Nordeste tendem a crescer, reforçando a importância de enxergar a região como estratégica”, comentou Gabriela Donatello,Head de Marketing Ticket Sports. 

Caio Carvalho, Diretor de novos projetos da plataforma, também comenta algumas tendências da região para as provas de corrida. “O clima quente do Nordeste brasileiro oferece um cenário ideal para o crescimento de provas noturnas nos próximos anos. Essas corridas, associadas a eventos com iluminação especial, música regional e festas pós-prova, têm tudo para atrair não apenas corredores, mas também espectadores”, disse. 

Além disso, a sustentabilidade tem se tornado uma pauta fundamental. “Cada vez mais eventos devem aderir a práticas como a redução de plásticos, a neutralização de carbono e o engajamento com comunidades locais. Um exemplo recente é a parceria entre a Federação Baiana de Surf e a Mecenas da Vida, em Itacaré, que promove iniciativas alinhadas a esses valores”, finalizou.

Não foi apenas a região Nordeste que registrou aumento no número de inscritos. Em 2024, observou-se um crescimento no número de jovens entre 15 e 25 anos, que agora representam quase 11% do total de participantes em comparação aos 7,9% registrados anteriormente. A participação feminina também teve um avanço, alcançando 49,9% do total de inscrições, retornando aos níveis observados antes da pandemia. 

Os números fazem parte de uma série de informações apresentadas pelo Ticket Sports com o objetivo de colaborar com os organizadores de eventos esportivos. O estudo completo está disponível gratuitamente na plataforma da empresa, reforçando uma das suas principais missões de fornecer conhecimento e fomentar ainda mais o mercado running.

Link do levantamento – https://materiais.ticketsports.com.br/perfil-do-atleta-brasileiro-2024