segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Após São Silvestre, atletas brasileiros cobram mais apoio ao esporte

Os corredores brasileiros de melhor colocação na São Silvestre não demonstraram felicidade plena nesta segunda-feira, em São Paulo. Mesmo parcialmente satisfeitos por terem sido os destaques do País no feminino e no masculino, os oitavos colocados Jenifer Nascimento e Giovani dos Santos criticaram a falta de apoio ao esporte no Brasil, principalmente pelo pouco patrocínio.
O mais contundente nas críticas foi Giovani. Dono de seis pódios na São Silvestre, ele lamentou que ano após ano a corrida continua a coroar corredores africanos como vencedores e os brasileiros continuam como coadjuvantes. "As pessoas olham os brasileiros correndo, mas ninguém nos dá apoio. Se a gente tivesse mais estrutura, quem sabe o brasileiro teria o direito de nos cobrar por desempenho", afirmou.
Giovani dos Santos, maratonista brasileiro
Oitavo lugar na São Silvestre 2018, Giovani dos Santos reclama por falta de incentivo ao esporte. Foto: Felipe Rau/Estadão
Neste ano a prova feminina foi vencida pela queniana Sandrafelis Tuei e a masculina teve a vitória do etíope Belay Bezabh. Desde 2010 um brasileiro não ganha a prova masculina, com Marilson dos Santos. Já entre as mulheres, o jejum dura desde 2006, com a vitória de Lucélia Peres. Os oitavos lugares de Giovani e Jenifer representam um resultado melhor aos atletas brasileiros em comparação a 2017.
Para Giovani, uma boa saída seria a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) conseguir levar um grupo de atletas para treinos na altitude, condição que auxilia na preparação física. "Eu não tenho pista para treinar, sempre treino sozinho, no asfalto, na terra. Só com o apoio da minha família. Não posso ficar só comendo e dormindo. É preciso ter pensamento positivo para esperar o momento mudar e essa crise terminar", comentou.
Os brasileiros lamentaram que o fim de 2018 marca o encerramento das atividades da equipe de atletismo do Cruzeiro, uma das mais tradicionais do Brasil, ativa há 34 anos. Além disso, o presidente Michel Temer anunciou no fim deste ano a redução de investimentos no programa Bolsa Atleta. O corte é de aproximadamente 50%.
"Sempre me perguntam sobre o nível técnico do brasileiro e os motivos que nos fazem ficar longe do pódio. Acho que a falta de apoio lá nas categorias de base é a resposta. Hoje está difícil. Ultimamente a gente só recebe notícia ruim", afirmou Jenifer, atleta do Pinheiros. "Com o meu resultado eu até fico feliz, mas outras questões que nos rodeiam me deixam tristes. Estou treinando todo dia, mas as notícias de falta de apoio me deixam chateada", afirmou.
Os dois oitavos lugares representam uma melhora para o Brasil em comparação aos resultados de 2017. No ano passado o País teve o pior resultado na São Silvestre em 45 anos, com o 10º lugar de Joziane Cardoso (16ª neste ano) e o 12º posto de Ederson Pereira, que repetiu a posição na prova em 2018.
Veterano de 37 anos, Giovani afirma que o atletismo não é valorizado no Brasil. "O futebol tem muita mídia. Eu vejo as 'peladas' de fim de ano, que têm transmissão dos canais de televisão. As pessoas me veem na São Silvestre e não sabem o que faço nos treinos durante o ano, como é o meu dia a dia", reclamou.

A boa ultima corrida do ano no RN



ALGUMAS IMAGENS DA BOA CORRIDA DESAFIO DA VIRAA

A Korrida Maluka realizou um evento de confraternização de fim de temporada de corridas de alto nivel, apesar de ser tudo muito simples. O percurso sempre perfeito da Via Costeira, o local da arena agradável, a estrutura suficiente, tenda de massagens e ainda um café de manhã. Para quem ia pra festa da São Silvestre certamente não sentiria falta. Muita boa a 4º Desafio da Virada com boas energias para o novo ano.









Imagens: natalcorridas e internet

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Feliz Ano Novo


Se aproximando do final de mais um ano de corridas em nossas vidas. Nesse ano com vários desafios, corredores suaram camisas em busca de seu desafio pessoal, de dores e lesões vencidas, de novas experiências compartilhadas, de novas amizades conquistadas. Foram  quilômetros percorridos, por corredores novos  e veteranos que aportaram neste esporte por uma simples paixão de correr.
Durante as corridas e nas nossas publicações compartilhamos diferentes emoções. Encontramos ao longo do caminho com centenas de outros corredores conhecidos ou não e assim partilhamos nossa satisfação com cada um dos leitores e amigos que em simples gestos ou comentários nos incentivou, apoiou e vem nos acompanhando nestes oito anos de blog.
Um salve a todos !
Que em 2019, sigamos nossa jornada juntos com a companhia de cada um, e assim possamos compartilhar novas experiências e divulgar a corrida no nosso Estado.
Desejamos a todos e a seus familiares um Ano Novo de muita saúde, paz, fé, esperança, alegrias e claro de muitos quilômetros acumulados!

equipe Natal Corridas
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10 dicas para não perder a motivação na corrida



Confesse, apesar de amar este esporte, vez ou outra você é surpreendido por uma falta de motivação para treinar, é ou não é? Você não é o único. Até o mais feliz e apaixonado corredor tem o seu dia de desânimo. Às vezes, chega  a pensar em desistir, certo? Mas isso só acontece se a gente deixar, claro.
Para ajudá-lo a driblar o baixo astral e manter a motivação em alta, montamos um guia de autoajuda, concebido para fazer sua mente trabalhar a seu favor na batalha contra o sedentarismo. Confira.
1 – Trace uma meta e vá busca-laUm objetivo claro faz maravilhas para a motivação: você não desiste no meio do caminho e ainda se sente realizado quando a meta é alcançada. Por exemplo, correr aquela prova dos seus sonhos. Estabeleça se irá fazer isso neste ano, no ano que vem ou mesmo no próximo, e trace um planejamento para chegar lá. E como essa necessidade é sempre crescente, uma vez alcançada uma meta,  mediatamente nasce outra. Desta vez (quem sabe?), chegar na frente do pelotão de elite.
Detalhe 1: Essa meta tem de ser específica, concentrada no seu desempenho (que tempo quer fazer no percurso) e não no resultado (ganhar ou perder uma prova depende também do desempenho de seus adversários, uma variável em que não podemos confiar).
Detalhe 2: A meta tem de ser mensurável — após traçá-la, você deve conseguir observá-la de alguma forma, como, por exemplo, baixar 3 minutos nos 10 km, ou correr todos os quilômetros em determinado pace — e viável. Tente traçar um desafio a ser superado, não um monte Fuji inalcançável.
2 – Treine preferencialmente pela manhãFazer os treinos mais importantes pela manhã é sempre a melhor opção. Ao longo do dia é muito mais fácil surgir um fator de impedimento, como ficar preso ao trabalho até mais tarde.
3 – Treine o seu cérebroCorrer é um ato de comunicação entre seu cérebro e os músculos de suas pernas. Treinar corrida é, entre outras coisas, melhorar essa comunicação. O objetivo é derrubar as barreiras psicológicas que nos impedem de atingir o rendimento máximo, que a psicologia do esporte chama de “pensamentos intrusos”. Uma das técnicas para isso é visualizar as nossas pernas como se fossem rodas de bicicleta. Ao nos concentrar nessas imagens, temos a impressão de que é necessário menos esforço para correr.
4 – Concentre-se apenas na corridaOutra técnica para superar os pensamentos negativos é ficar focado apenas na corrida, procurando não levar problemas para a competição ou treino. Pense na passada seguinte, por exemplo. Ou no próximo quilômetro. Ou simplesmente aprecie a paisagem que passa por você, sem pensar em nada que não seja útil ao treino.
5 – Crie uma rotina e torne-a instintivaQuanto mais automática uma atividade, mais fácil realizá-la. Por exemplo: tente fazer os treinos no mesmo horário. O cérebro se acostuma tanto a realizar a atividade naquele período que cria uma percepção distorcida, fazendo com que a tarefa pareça mais fácil. Lembrando que o melhor horário para treinar é aquele em que está mais disposto e com os níveis de energia altos.
6 – Fique zenO segredo do esporte de longa duração e alta performance é ter a mente limpa. Não pensar em nada, concentrar-se em correr e respirar. Foque nas sensações do seu corpo, nos músculos mais exigidos e nos que “descansam”. Ouça seus batimentos cardíacos e controle-os com a respiração. Repetir mantras também ajuda. Vale qualquer frase que faça você se focar (até palavrão!). Parece bobo, mas funciona. Recentemente, em uma ultramaratona de 1.000 km na Austrália, a canadense Bernadette Benson repetia: “Implacável, para a frente e progresso!”. Coincidência ou não, ela venceu. Na psicologia isso se chama “autofala”.
7 – Lembre-se da sensação pós-treinoPesquisas mostram que nosso corpo começa a funcionar quando começamos a pensar nele trabalhando. Ou seja, quando você pensa que está contraindo os músculos da perna, mesmo que esteja parado, o fluxo sanguíneo na região começa a aumentar e as fibras musculares passam a trabalhar. Podemos usar esse mecanismo como uma forma de motivação na corrida quando a preguiça bater. Ao pensar em como você se sente após a atividade, depois de liberada toda a endorfina e a adrenalina do exercício, seu corpo começa a “acordar” para a atividade.
8 – Participe de uma corrida por mêsAlinhar em uma corrida oficial todos os meses pode ser um bom remédio para ativar a motivação naqueles dias em que você não quer fazer nada. A vibração positiva que sentimos ali, cercados dos demais corredores, nos mantém inspirados. Sem contar a possibilidade de conhecer novos amigos.
9 – Ligue o somPara quem está desanimado, uma música moderadamente acelerada (como hip-hop, rock e pop) pode ajudar a recuperar energia e ir mais longe. Isso porque a trilha sonora ajuda o corredor a esquecer a dor e a fadiga, diminuindo a percepção de esforço, além de elevar o humor. Só não vale se empolgar demais com a trilha sonora e deixar de prestar atenção na frequência cardíaca, entre outras coisas.
10 – Procure uma assessoriaUma assessoria esportiva não só ajuda a elevar o astral como melhora o rendimento. Quem paga para treinar tem um bom incentivo para não deixar a peteca cair quando estiver com preguiça: não desperdiçar o investimento. Fora o compromisso com o técnico e com a equipe, que, como vimos nos itens anteriores, colaboram para que não entreguemos os pontos tão facilmente.
(Fonte: Daniela Panisi, psicóloga do esporte; Fernanda Keller triatleta e cinco vezes campeã do Ironman Brasil) ublicado no site www.ativo.com