sábado, 13 de setembro de 2014

Básico: 5 mitos e verdades sobre corrida






O mundo dos esportes é cheio de mitos, principalmente quando o assunto é corrida. E como para os iniciantes toda informação pode fazer a diferença, auxiliando ou prejudicando o desempenho, a equipe da Sport Life fez uma lista com algumas das principais dúvidas de quem está começando a se aventurar no mundo da corrida.
Saiba o que é verdadeiro ou falso!

1. Correr no asfalto lesiona? VERDADEIRO
Se você só corre no asfalto e durante muito tempo, obviamente terá um maior risco de se lesionar. Isso não acontece de um dia para o outro, mas levando em conta que ao correr o seu peso duplica, ou triplica, cada passada pode ser ainda mais prejudicial para as articulações. O asfalto não amortece esse impacto, podendo originar lesões como a periostite, a fasciíte plantar ou tendinites no joelho. Varie o terreno onde corre tanto quanto possível: estrada, terra batida, cascalho, grama ou mesmo na praia.

2. Tênis mais leves irão me ajudar a correr mais rápido? FALSO
Tênis mais leves são indicados para atletas a quem 100 g-200 g fazem a diferença, ou seja, preferencialmente, quem é atleta profissional ou quem só pensa nos tempos de prova. Quem está começando agora precisa de calçados flexíveis (que dobrem), transpiráveis (porque suam mais), com calcanhar rígido (para reduzir o risco de lesão no joelho) e com entressola alta.

3.  Se sou do sexo masculino e tenho 35 anos, a minha frequência cardíaca máxima é de 185 pulsações por minuto? FALSO
As fórmulas para calcular a frequência cardíaca máxima fazem apenas uma estimativa. Para que saiba a sua FC máx. com precisão, você deverá fazer um teste de esforço (ergoespirométrico). À medida que for progredindo, os seus batimentos cardíacos tendem a baixar. Quando atingir um nível de treino médio, poderá saber o seu limiar correndo ao máximo por cerca de 1km numa zona com uma subida considerável. O número mais alto que aparecer no seu frequencímetro estará muito perto do valor real da sua FC máx. A partir desse valor, poderá estimar as suas zonas-alvo de treinamento.

4. Posso ganhar em vez de perder peso? VERDADEIRO
Embora pareça difícil, o mais normal é que você ganhe peso nas primeiras semanas de exercício. A explicação é simples: músculo pesa mais do que gordura e o seu corpo irá reagir à nova rotina de treinos aumentando a massa magra, necessária para o movimento e para a sua performance. Você até emagrecerá ,ou seja, perderá gordura corporal, mas pesará mais na balança porque terá mais músculo.

5. Para emagrecer, preciso correr pelo menos 45 min? FALSO E VERDADEIRO
De fato, os 45 min podem ser o tempo necessário para o seu corpo mobilizar a gordura como fonte de energia e produzir um gasto calórico suficiente para que observe uma evolução visível. No entanto, ninguém começa (nem deve começar) a correr 45 min de um dia para o outro. Você se arrisca a sofrer graves lesões. Por outro lado, se você não fazia esporte anteriormente, treinos mais curtos, de 20 a 30 min, serão mais do que suficientes para quem não andava mais de 20 min nem corria 5 min. A chave do sucesso está na variedade, porque o corpo tende a se adaptar facilmente a um método e deixará de progredir.
f: sportlife

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Inscrição do IV Desafio Capiba no domingo, na meia de Natal


A equipe do 4º Desafio Capiba estará na tenda da Assessoria STI Runner na Meia Maratona de Natal, recebendo inscrições para o maior evento de corrida country em Natal. A tenda estará na Arena das Dunas na área de convivência da Meia de Natal.



A corrida será dia 19/10 e as vagas são limitadas
Terá Corrida Cross Country 5 km e Bike 12 km e a largada às 7:00h
Opção de um café regional no atrativo espaço do Complexo Capiba.
Quem já participou certamente repetirá e quem ainda não vá viver esta aventura!

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Confirmada a segunda edição da organizada Corrida Natalina em 2014



   
                 estão aberta as inscrições...
        Data: Sábado, 20 de dezembro de 2014

·         Hora: 16h

·         Local: Árvore de Natal - Conjunto Mirassol

·         Percursos: Caminhada, 2,5km, 5km e 10km.

·         Período de inscrições: 05/09 à 05/12/2014

    Inscrições no Boleto ou Cartão de Crédito em até 12x

     acesse o site: http://corridanatalina.com.br/


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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Entrega dos Kits da meia Maratona de Natal


ENTREGA DOS KITS A MEIA MARATONA DE NATAL

LOCAL: LOJA CENTAURO - MIDWAY SHOPPING
Av. Bernardo Vieira com Hermes da Fonseca - Tirol

Dias: 12(Sexta) e 13(Sabado) de Setembro

Horários: 10h as 22 h


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Teste se você está pronto para os tênis minimalistas




Nem todo mundo está com o pé fortalecido o suficiente para baixar o solado. Veja se é o seu caso e saiba como se preparar. Saiba como iniciar no minimalismo.
Hoje em dia, todas as marcas têm apostado nos tênis minimalistas, aqueles com um drop mínimo ou quase zero, cuja ideia é simular o correr descalço. Por isso, ficou muito mais fácil baixar o solado e experimentar a corrida com o pé mais próximo ao chão.
Boa parte dos corredores toma a iniciativa para minimizar o risco de lesões, mas o prejuízo pode ser ainda maior. “É extremamente importante que a transição seja feita progressivamente, seguindo os princípios do treinamento, aumentando gradativamente a quilometragem e o tempo em que se usa o tênis. Nos casos de corredores que desenvolveram estresse de metatarso após a adoção do minimalista, especula-se que a causa foi a alteração da marcha, por isso, reduções em volume/ritmo são essenciais. É preciso primeiro se adaptar para depois aproveitar os benefícios desses tênis”, alerta o treinador Marcos Almeida, especialista em Ciência da Musculação e mestre em Ciência da Motricidade Humana em Campos dos Goytacazes.

Entre os motivos para testar os mínimos, estão menor risco de lesão (após o tempo de adaptação), maior economia de corrida e melhor propriocepção – que é a percepção sobre o seu corpo. Daniel Lima, diretor técnico da DanSports, especializado em Treinamento Desportivo pela UFRJ, também sugere a mudança. “Estudos têm mostrado que a corrida descalço ou com tênis minimalistas tem vantagens sobre a corrida com tênis tradicionais justamente na questão do impacto sobre as articulações. Há uma nítida mudança de técnica quando descalço. Em vez de pisar primeiro com a parte do calcanhar, a tendência é que se aterrissemos com a parte anterior (da frente) do pé. Isso diminui o impacto, pois, dessa forma, além do joelho, a articulação do tornozelo também atua no amortecimento e a impulsão para frente é feita com menos esforço”, explica. Para ele, todos podem correr descalços ou com minimalistas desde que tomem cuidados para que a musculatura e a sensibilidade do pé sejam restauradas após anos protegidos pelos tênis.

“Hoje o pé é mais fraco, com ossos menos tolerantes a impactos e músculos que protegem menos as articulações. Por isso, é necessário um trabalho específico para fazer essa transição de forma menos traumática. A primeira medida é alterar a passada, fazendo o primeiro contato no solo com o meiopé (pé todo no chão) ou antepé (área abaixo dos dedos). Além dessa mudança, tenha maior atenção com o pé, para perceber o quão rígido e fraco ele está. A rigidez dificulta a recepção do peso do corpo na corrida com um tênis minimalista”, afirma o treinador Vitor Tessutti, pesquisador do Laboratório de Biomecânica do Movimento e Postura Humana da USP.
Recentemente, Mark Cucuzzella, professor da West Virginia University (EUA) e um dos grandes pesquisadores da corrida minimalista, indicou quatro testes simples para verificar as condições de seu pé. Pedimos que treinadores e fisioterapeutas especializados analisassem e dessem também as suas dicas.

Teste 1 – tendão de Aquiles
Sente em uma cadeira com as pernas retas e o pé inteiro no chão. Escorregue o quadril para frente até que o joelho ultrapasse a ponta do pé. O ideal é que consiga fazer isso sem levantar o calcanhar. Se não puder, significa que precisa fortalecer e alongar mais o tendão de aquiles, a parte de trás do tornozelo. Ana Paula Simões, médica-assistente do grupo de traumatologia do esporte da Santa Casa de São Paulo e delegada regional do Comitê de Traumatologia Esportiva, analisa que sem essa flexibilidade o atleta sobrecarrega a área do calcâneo e muda a maneira de armazenar e liberar energia elástica, o que compromete a eficácia do impulso na corrida.

Teste 2 – Fáscia Plantar
Ainda sentado e com o pé no chão, pegue o dedão com a mão e tente erguê-lo o máximo possível sem mexer no restante do pé. Se não tiver muito sucesso (ou seja, se só conseguir um ângulo menor que 30º), é sinal de que precisa fortalecer a fáscia plantar, tecido da planta do pé que sai próximo ao calcanhar e vai até os dedos. “Além de forte, também tem que ser flexível, porque quando a fáscia plantar é muito encurtada, a eficiência da corrida é comprometida na fase do apoio”, explica Ana Paula.

Teste 3 – Dedão
De pé, tente levantar todos os dedos menos o dedão, sem forçar demais o tornozelo, que acaba “caindo” para dentro para compensar. Para Cucuzzella, isso mostra se você é capaz de dominar os músculos do pé separadamente, especialmente o dedão, sem precisar do tornozelo. O dedão, lembra, é imprescindível na fase de apoio da corrida – cerca de 85% do controle recai sobre ele.

Teste 4 – Em uma perna só
Fique de pé em uma perna só e tente se manter firme com o pé todo apoiado no chão. Se conseguir ficar 30 s sem balançar e sem ajuda dos braços, está com um bom equilíbrio.

Faça sua parte!
Se você não ficou muito animado com os resultados dos testes, não se preocupe. É normal que o uso prolongado de tênis tenha reduzido a mobilidade do pé e encurtado tendão de aquiles, fáscia plantar e panturrilha. A SPORT LIFE pediu aos especialistas que montassem um plano de ação para fortalecer o pé e para deixá-lo pronto para o combate. Repita os exercícios durante 5 min, de 2 a 3 vezes por semana.

Relaxe a fáscia plantar
Vitor Tessutti sugere a manipulação do pé, principalmente os ossos abaixo dos dedos (metatarsos), o arco plantar (do calcanhar até o dedão) e o arco transverso (abaixo dos dedos). “A massagem destas áreas, aliada ao alongamentos dos dedos, puxando-os para cima, permitirá que músculo e fáscia plantar fiquem menos rígidos. Isso ajudará na adaptação do pé durante a corrida. Exercícios que envolvam bolinhas de gude, frescobol ou de tênis na sola do pé também aumentam a amplitude de movimentos das articulações”, diz. Para fazer a primeira parte do relaxamento, envolva o pé com as duas mãos, colocando os dedões no centro da sola do pé. Puxe os dedos para perto de você, formando uma espécie de concha (1). Em seguida, faça uma massagem na sola do pé, usando o dedão da mão como auxíliar. Vá do calcanhar até a proximidade dos dedos (2). Depois, faça o mesmo movimento usando uma bolinha, mas dessa vez de pé (3). Ainda com a redonda, realize um exercício para fortalecer a parte da frente do pé, tentanto agarrar a bolinha com os dedos do pé (4).

Bate-pé
O fisioterapeuta esportivo David Homsi ensina: “Com o calcanhar preso ao chão, bata a ponta do pé seguidamente para estimular a musculatura”. Ou com o calcanhar preso ao solo, tente puxar uma toalha para perto de si apenas com as pontas dos dedos.
Agachamento
De pé, flexione os joelhos e faça agachamentos na ponta dos pés, sem encostar o calcanhar no chão. Quando estiver acostumado, tente fazer com uma perna só no chão. E, em um nível mais difícil, Homsi recomenda este agachamento em uma superfície instável, sempre com as pontas dos pés e sem encostar o calcanhar no chão.

Salto
Homsi ensina outro eficiente exercício, de salto. Salte sem sair do lugar, caia nas pontas dos pés e só depois de equilibrado encoste o calcanhar. Para deixar o exercício ainda mais difícil, faça-o em uma cama elástica.

Na areia
Andar descalço já é um ótimo exercício, principalmente se aliado à caminhada em superfícies irregulares, como a areia fofa, que também possibilitará uma melhor adaptação.

3 pontos
Um bom exercício liga três pontos importantes da base do pé: abaixo do dedão (cabeça do 1º metatarso), abaixo do dedinho (cabeça do 5º metatarso) e calcanhar. “Descalço, incline o corpo para todos os lados, sentindo esses pontos de apoio. Cada oscilação faz com que a musculatura do pé seja desafiada por essa instabilidade, recrutando a musculatura interna e tornando-a mais forte”, explica Tessutti.

Pegue leve
Trote por pequenas distâncias descalço ou com minimalistas. “Comece com algo em torno de 100 a 200 m 2 a 3 vezes por semana. Sugestão: 100 m na primeira semana, 200 m na segunda, 300 m na terceira até atingir 1 000 m, quando então poderia aumentar 200 m por semana”, orienta o treinador Daniel Lima.

Menos lesão
Sim, os tênis minimalistas viraram febre no exterior e têm uma legião de fãs (aqui e lá fora) e defensores. Ao que tudo indica, eles levam ligeira vantagem frente aos tênis convencionais, segundo algumas pesquisas. A mais recente delas vem do departamento de Biomecânica do Movimento da Escola de Educação Física da USP e foi conduzida pelo fisiologista Júlio Serrão. Segundo ele, o número de lesões observadas desde que o trabalho começou praticamente não diminuiu, ainda que os calçados tenham evoluído – e muito. Correr com os pés sem proteção, no entanto, apresenta uma pequena vantagem se comparado a correr calçado.
Outro estudo, dessa vez feito na Universidade U.S. Army-Baylor (EUA), também chegou a conclusões semelhantes: adeptos da onda minimalista apresentaram 13,7% de lesões ao correrem descalços ou com tênis minimalistas, enquanto os que usaram tênis de sola mais alta (os convencionais) apresentaram três vezes mais problemas. “Isso ocorre porque, com a prática, há uma redução nos elementos externos de proteção aos pés e o aumento dos elementos naturais de amparo a eles”, salienta Serrão. Além disso, atletas que iniciam a pisada com o calcanhar apresentam duas vezes mais lesões do que os que pisam com a parte da frente do pé, o que acontece quando se corre descalço ou com um minimalista.
Mas, atenção: nada de trocar um calçado pelo outro e começar a treinar sem preparo. “Os minimalistas estão em alta, mas não dá para abandonar o calçado convencional de uma hora para outra. É preciso fazer uma transição gradativa, para adaptar o seu corpo a um novo estímulo”, explica Serrão.
 Por Marina Gomes e Lygia Haydée - sporlife