sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Preços baixos de inscrições para corridas: ‘roubadas’ tendem a ser mais comuns

 


“La Casa de Papel” na São Silvestre de 2021 (Esportividade)

O inevitável aumento dos preços das inscrições, uma consequência da alta geral dos preços (o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o IPCA, a inflação oficial do Brasil, fechou 2021 em 10,06%), fará os corredores serem mais seletivos em 2022, já que será difícil participar de tantos eventos quanto em outras épocas. Por outro lado, provas de qualidade duvidosa vão ter um apelo adicional: justamente o valor. Por isso, não se deve agir impulsivamente e comprar inscrições sem pesquisa.

Sabendo que os corredores querem participar de eventos, mas dispõem de pouco dinheiro para isso, organizadores não muito sérios colocam à venda inscrições com valores considerados impraticáveis por renomadas empresas. Nesse caso, pode ser, sim, que se trate de uma “roubada”, seja pela baixa qualidade do evento, seja pela realização duvidosa dele.

Estima-se que, atualmente, empresas gastem de R$ 35 a R$ 40 por atleta em somente três itens: camiseta, medalha e água. É bom lembrar que existem ainda muitos outros preços embutidos no da inscrição — e vários deles também sofreram reajuste recentemente.

É claro que algumas empresas serão mais arrojadas na estratégia e segurarão essa alta para atrair os atletas, reduzindo margem de lucro ou ganhando pela quantidade. A obtenção de mais patrocinadores é outra forma de conter o aumento.

Em 2022, será raro encontrar um bom evento de corrida com kit com camiseta custando abaixo de R$ 80. Em geral, as exceções são os que contam com recursos públicos de forma indireta, isto é, quantias que seriam destinadas ao pagamento de impostos pelos patrocinadores e que, graças a leis de incentivo ao esporte, serão investidas na corrida. Quando esse for o caso, haverá um “selo” da lei de incentivo nos materiais de divulgação do proponente.

Pesquisar quem é o organizador do evento é fundamental para evitar cair em “roubadas”. Algumas dicas: descubra o número do CNPJ da empresa; coloque-o no site da Receita Federal (clique aqui); verifique a situação cadastral; use o Google para conferir se existem processos contra essa companhia e de que natureza; acesse as páginas dela nas redes sociais e leia comentários a respeito de provas anteriores.

fonte: esportividade.com

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