sexta-feira, 5 de abril de 2024

Estudo da Asics, mostra que mais da metade das brasileiras se sentem intimidadas a praticarem atividade física no Brasil.

 


Um dos dados que mostra maior disparidade entre o Brasil e a média global foi com relação à segurança. No Brasil, 52% das mulheres dizem que se sentem intimidadas a se exercitarem, enquanto a média global é de 35,9%. Além disso, essa mesma porcentagem de brasileiras (52%) também disse que a falta de espaços e ambientes seguros as impediam de praticar exercício; no mundo esse número foi de 43%.

“Durante os grupos focais da pesquisa qualitativa no Brasil pudemos perceber que muitas mulheres já passaram por algum tipo de situação que as deixaram com receio e até com medo em se exercitar por temas de condições ou elementos ambientais. A Asics busca sempre proporcionar experiências acolhedoras e seguras para as mulheres. Seja em eventos que promovemos ou com a criação da Asics House, que dá suporte a todos os atletas, tornando aquele local mais seguro do que era antes. Além disso, criamos em 2022 a plataforma Asics Lume Club para inspirar e motivar mulheres na prática da corrida e já impactou milhares de mulheres em todo o Brasil. O nosso grande objetivo é usar os dados e aprendizados da pesquisa para continuar melhorando os nossos produtos, serviços e experiências voltadas para a mulher que quer estar em movimento e quer atingir uma mente sã em um corpo são”, comenta Constanza Novillo, Diretora de Marketing da Asics América Latina.  

Por outro lado, os números relacionados a não se sentirem em forma o suficiente (36%) e autoconfiança (33%) são menores no Brasil, em comparação com a média global, que apresenta 42,1% e 35,4%, respectivamente.

De modo geral, as principais barreiras para prática de exercícios físicos são semelhantes tanto globalmente quanto no Brasil com algumas diferenças em porcentagens:

  • Outros compromissos: afetam 76% das brasileiras que é a mesma média global;
  • Falta de tempo: obstáculo para 67% das mulheres no Brasil, contra 74,2% da média mundial;
  • Custo com treinador: é uma barreira para 60% das brasileiras, similar a média global de 62%.
     

Ao serem questionadas sobre quem são as pessoas que mais influenciam na prática esportiva, os três principais grupos são os mesmos, porém com diferenças entre o número global e do Brasil em dois deles. Os amigos estão no topo dos que mais influenciam tanto no Brasil (32%) quanto no mundo (33,1%). O par romântico está em segundo lugar, sendo que no Brasil o número é maior (40%) do que no mundo (32,4%). Em terceiro lugar estão os treinadores, os quais também influenciam mais no Brasil (26%) do que na média global (13,9%).

Ainda sobre influenciar, outros dois grupos, embora em menor número, também chamam a atenção: no Brasil os influenciadores digitais possuem maior influência sobre a prática esportiva das mulheres do que atletas profissionais ou pessoas famosas, com 10% e 5% influenciando as mulheres respectivamente. No mundo a média de influência de ambos os grupos é bem próxima (7,7% e 7,9%).

Os principais motivos pelos quais as mulheres se exercitam são consistentes tanto no contexto brasileiro quanto global, revelando poucas ou nenhuma diferença significativa: saúde física, autocuidado e bem-estar mental.

Contudo, alguns motivos tiveram maior destaque para as brasileiras em comparação com a média global. Por exemplo, 94% das brasileiras se exercitam para controlar o estresse e para se sentirem mais felizes, enquanto a média global foi de 87%. Além disso, 86% das brasileiras disseram que praticam exercícios físicos para ajudá-las a dormir melhor, em contraste com os 68% observados globalmente.

Segundo a pesquisa, no Brasil os esportes mais praticados por elas são a corrida (79%), exercícios de força (68%) e exercícios de cárdio (39%).

Notas:

O estudo foi encomendado pela ASICS e liderado de forma independente pela Dra. Dee Dlugonski, professora-assistente do Sports Medicine Research Institute, da Universidade de Kentucky, e pelo professor associado Brendon Stubbs, do Kings College de Londres. Ambos são pesquisadores renomados em movimento e bem-estar mental.

O estudo foi realizado de junho a setembro de 2023. No total, foram realizados 26 focus groups em todo o mundo, com 187 participantes, e 24.772 pessoas responderam à pesquisa on-line em mais de 40 países, o que o torna o maior e mais aprofundado estudo global do gênero. Todos os focus groups foram facilitados pelos principais acadêmicos e especialistas do setor.

Para ler o relatório completo do estudo em português, acesse o link.

postado no webrun.com

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