sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Correr é o melhor remédio




Resultado de imagem para saudeA atividade física combate a maioria das doenças crônicas que comprometem a saúde dos brasileiros

Os dados são preocupantes: cerca de 40% da população brasileira (o equivalente a mais de 57 milhões de pessoas) possui, pelo menos, uma doença crônica não transmissível (DCNT), revela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Ainda de acordo com o levantamento feito pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), essas doenças, que envolvem a hipertensão arterial, o diabetes, os problemas na coluna, o colesterol e a depressão, são responsáveis por mais de 70% das mortes no país. Mas esse jogo pode virar. Bastam algumas mudanças na rotina. Uma delas é correr. Isso mesmo! O esporte pode ajudar a prevenir e combater praticamente todos os problemas crônicos de saúde. Confira.
Hipertensão Arterial
A doença se dá quando veias e artérias se contraem ou perdem a capacidade de se dilatarem. Isso eleva a resistência para a passagem do sangue e aumenta a pressão sanguínea. Como o vasos do nosso corpo são recobertos internamente por uma camada muito fina e delicada, eles podem entupir ou romper caso o fluxo forte seja constante. Dependendo da região em que ocorrer o problema, a pessoa pode sofrer infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência renal… “A hipertensão arterial pode ter diversos fatores, mas, na maioria das vezes, é a genética que prevalece. Por isso, quem possui parentes com a doença necessita de maior atenção”, alerta Celso Amodeo, cardiologista e especialista em hipertensão do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. Além da questão genética, indivíduos sedentários e que seguem um cardápio nada saudável, com muito consumo de sal e gorduras, também estão mais propícios a desenvolver a doença.
Proteja-se com a corrida: Além de manter uma alimentação balanceada, fazer atividade física regularmente é uma das chaves para você ficar longe da hipertensão. O exercício ajuda a manter o peso sob controle, reduz o estresse e a frequência cardíaca em repouso, fatores diretamente ligados ao surgimento da doença. “A corrida ainda otimiza a ação de hormônios que controlam o sistema cardiovascular. Por tudo isso, propicia redução da pressão arterial, do açúcar no sangue e melhora o perfil dos lipídeos no sangue (colesterol e triglicérides)”, aponta Amodeo.
Diabetes Tipo 2
A doença ocorre quando a insulina (hormônio fabricado no pâncreas) produzida pelo corpo se torna insuficiente para normalizar a concentração de glicose na corrente sanguínea. “A insulina é responsável por promover a entrada do açúcar (glicose) nas células”, esclarece Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Geralmente, a diabetes tipo 2 acontece após o 30 anos de idade e está associada à genética, obesidade e ao sedentarismo. Se não for controlado, o problema pode levar a outras complicações como infarto, derrame, alterações na visão e nos nervos. “Muitos males que surgem em decorrência do diabetes estão entre as principais causas de morte no país”, alerta Zilli.
Proteja-se com a corrida: Durante o exercício, seu corpo utiliza a glicose como combustível, o que ajuda a reduzir o nível de açúcar no sangue. Além disso, o treino aumenta a sensibilidade celular à insulina (ou seja, o corpo precisa de menor quantidade do hormônio para levar a glicose para dentro das células). “A atividade física tem um efeito sobre o metabolismo da glicose por até 24 horas. De modo geral, nas pessoas com diabetes e glicemias abaixo de 300 mg/dL, o exercício diminui imediatamente a taxa de açúcar e melhora o controle da doença em longo prazo”, conta Zilli. Segundo o médico, o ideal é realizar pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, cinco vezes por semana.
Colesterol Alto
Normalmente, essa alteração se dá em pessoas sedentárias, com dietas ricas em alimentos gordurosos ou com histórico de problema na família. “Manter o colesterol ruim (LDL) elevado por muito tempo pode desencadear doenças cardiovasculares, AVC, doenças nas artérias dos membros inferiores e insuficiência renal”, aponta Celso Amodeo.
Proteja-se com a corrida: Estudos demonstram que o treinamento físico regular melhora o perfil de lipídios no sangue. Ou seja, diminui o LDL e aumenta o HDL (colesterol bom). “Isso também tem impacto na redução da aterosclerose, com consequente diminuição do risco cardiovascular”, acrescenta o cardiologista.
Dores na Coluna
O principal problema nas costas que acomete os brasileiros é a chamada lombalgia. “Essa dor pode ser apenas resultado de uma contratura muscular na região da lombar ou indicativo de algo mais grave, como uma hérnia de disco ou desalinhamento das vértebras”, alerta Ana Camila Gandolfi, neurocirurgiã especializada em neurocirurgia do esporte e colunista do SUA CORRIDA.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que ao menos 80% da população mundial teve ou vai ter dor nas costas alguma vez na vida. “O sedentarismo crescente e ao hábito de ficar o dia todo sentado têm uma contribuição expressiva para o aumento do problema”, aponta Ana.
Proteja-se com a corrida: Quando aliada a uma alimentação saudável, a corrida combate o sobrepeso, um dos fatores que contribuem consideravelmente para a lombalgia. Também fortalece a musculatura do core (formado pelo abdome, pelo quadril e pela lombar), o que previne incômodos na região. Além disso, promove a sensação de bem-estar, relaxamento e diminuição do estresse, reduzindo tensões que podem gerar dores nas costas. “Porém, é bom lembrar que, junto com a corrida, é importante fazer musculação. Isso porque, apenas a corrida não é suficiente para o fortalecimento do core e o impacto do esporte pode até agravar os problemas de coluna”, alerta Ana Camila.
Depressão
É considerada um distúrbio afetivo. As pessoas com o problema se sentem muito tristes por um longo período de tempo e/ou sem motivo aparente, não têm vontade de fazer nada, ficam desinteressadas, sofrem com alterações no sono e na alimentação…
As causas para a depressão podem ser diversas: relacionamentos, trabalho, família etc. Além disso, existem alguns fatores que podem influenciar como personalidade do indivíduo, formação emocional e histórico na família. “Atualmente, cerca de 19% da sociedade tem depressão e não há campanhas para tratamentos e orientação”, afirma Yuri Busin, psicólogo e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental – Equilíbrio (CASME), em São Paulo.
O problema é bastante preocupante. Com o tempo, as pessoas depressivas que não passam por tratamento podem começar a perder o que conquistaram e até sentir vontade de tirar a própria via, pois não têm mais interesse nem energia para viver. “Esse desânimo, humor deprimido, indecisão, sentimentos de medo, insegurança e pessimismo irão atrapalhar o cotidiano do indivíduo, causando diversos prejuízos”, explica Busin.
Proteja-se com a corrida: “A atividade física aumenta a produção de endorfina. Essa substância aumenta a sensação de bem-estar e ajuda a relaxar, o que minimiza os sintomas da depressão.” Além disso, o esporte estimula o convívio social, o relacionamento com as pessoas, ajuda a fazer novos amigos e a criação de metas para o futuro. Ou seja, a pessoa volta a enxergar diversos novos sentidos para a vida.


segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Maratona e Meia da Korrida Maluka




O DESAFIO 42K - KORRIDA MALUKA é um longao comemorativo promovido pelo grupo Korrida Maluka, no dia 15/10 (domingo). Além da clássica distância de 42k, o desafio contemplará a meia maratona (21k). 

O DESAFIO 42K - KORRIDA MALUKA tem o objetivo de incentivar a prática de longas distâncias de corrida e, consequentemente, prestigiar o público de atletas fundistas da cidade do Natal e cidades vizinhas.
Inscrição: 84 99188 5901

Já sentiu dor atrás do tornozelo? Pode ser a síndrome do impacto posterior





A síndrome do impacto posterior do tornozelo (SIPT) é uma lesão que ocorre na região de partes moles posterior ou no segmento ósseo do lado posterior (interno) do tornozelo. O local da lesão é a porção posterior do talus, o osso do tornozelo, que se encontra com a parte inferior da perna (tíbia). A SIPT pode ser identificada como uma questão aguda que ocorre de um incidente traumático específico ou crônica de uma flexão plantar forçada repetitiva de baixo grau, que é definida como apontar os dedos dos pés e o pé para o solo (como ocorre com as bailarinas).
Quais são os sintomas do impacto posterior do tornozelo?
·         Dor, vermelhidão, inchaço e calor no tornozelo posterior (internamente)
·         Dor que se torna pior ao apontar os dedos dos pés e pé para baixo
·         Dor com atividades como correr, saltar ou descer escadas e descidas
Fatores de risco
·         Atletas que participam de esportes que envolvem flexão plantar repetitiva, como bailarinas, ginastas e jogadores de futebol.
·         Atividades que envolvem trauma enquanto o pé é flexionado plantar.
·         Lesão no tornozelo antiga, principalmente as que geram instabilidades.
·         Sapatos não adequados ou atleta inadequadamente equipados.
Tratamento
A fisioterapia pode ajudar no gerenciamento da dor, restaurar a amplitude de movimento, manutenção da força muscular, aumentar o equilíbrio, recuperar as habilidades funcionais e restaurar os padrões de movimento normais.
Algumas das técnicas utilizadas para reduzir a dor podem incluir massagem com gelo e estimulação elétrica. Para recuperar o movimento, eles podem realizar mobilizações que ajudam o tornozelo a começar a se mover normalmente.
O fortalecimento dos músculos do tornozelo pode ajudar a auxiliar a mecânica articular adequada, diminuindo o risco de problemas futuros.
O treinamento de equilíbrio pode ajudar a tornar o seu tornozelo mais estável em conjunto com o fortalecimento, a fim de evitar mais lesões, progredindo para atividades mais funcionais para ajudar a retornar ao seu esporte e atividades diárias.
Na maioria dos casos onde existe uma saliência óssea (processo de stieda), faz-se necessária a remoção cirúrgica, que hoje é feita via artroscópica (por vídeo) onde a recuperação é rápida e eficaz, além de resolutiva.

 TEXTO DO GLOBOESPORTE.COM  inscrito por  Ana Paula Simões
Mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de São Paulo. Especialista e delegada regional do Comitê de Traumatologia esportiva, médica assistente do grupo de traumatologia da Santa Casa de São Paulo e da Sociedade Brasileira de Futebol Feminino e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Esportiva.