Você já sabe que o aquecimento é crucial antes de uma corrida e que errar na dose – para mais ou para menos – pode custar o bom rendimento em um treino ou prova. E quanto ao desaquecimento? “É nesse momento que o organismo começa a retornar aos níveis fisiológicos normais”, explica Leandro Sandoval, diretor técnico da assessoria esportiva Life Training, em São Paulo. “É quando começa o processo de relaxamento e recuperação das fibras musculares e de absorção do ácido lático produzido durante o exercício, além da estabilização do nível de esforço.”
Sandoval explica que desaquecer não é alongar. Trata-se da desaceleração gradual ao final da atividade – com um trote, caminhada ou pedalada tranquila, dependendo do nível de condicionamento do atleta. O objetivo é fazer com que o coração volte a bater em ritmo menos acelerado de forma gradativa e confortável. Ele lista algumas dicas para realizar a desaceleração do jeito ideal:
- Ao final de toda corrida, não pare ou sente de repente, o que pode causar tontura e desmaio.
- Reserve de 5 a 15 minutos para desaquecer, dependendo do esforço do treino (quanto maior, mais longo deve ser a desaceleração).
- Após o desaquecimento, alongue tranquilamente.
- Fazer uma massagem esportiva ou relaxante é um bom recurso para complementar o processo.
E se eu não desaquecer?
Dependendo do nível de esforço realizado ao longo da corrida ou nos metros finais do percurso, pode haver taquicardia e náusea, além de tontura e desmaio, já citados. “Quando o corredor aumenta a velocidade a fim de cruzar a linha de chegada e para abruptamente em seguida, leva a uma queda brusca da frequência cardíaca (e da pressão arterial)”, acrescenta Sandoval. “E, como os músculos estarão rígidos, correm o risco de ficarem doloridos por mais tempo.”