Para muitos corredores os desafios não acabam
nas provas de cinco quilômetros e as distâncias mais longas tornam-se os
próximos objetivos. Sendo assim, o esportista passa por um processo de
transição na corrida, afinal vai disputar percursos de dez, 21, 42 quilômetros
e quem sabe até uma ultramaratona.
“A
evolução deve ser gradativa. Sempre falo que se está com pressa, vá devagar!
Nós montamos os treinos com referência no passado de atividade, a condição
física atual do atleta e o objetivo de cada um”, diz Andre Ricardo, treinador e
especialista em fisiologia do exercício.
De
acordo com o treinador, a adaptação do exercício leva de seis a oito semanas.
Por isso, não é possível definir em quanto tempo a pessoa pode evoluir para uma
maratona, por exemplo. O segredo é ter paciência durante essa transição e não
tomar atitudes precipitadas.
Como
a pressa não ajuda em nada, o esportista pode usar as provas curtas para
identificar qual é o melhor ritmo, visando sempre as competições futuras. Além
disso, é uma forma do corpo ganhar regularidade também. “Existe uma correlação
direta entre seu ritmo em provas de três, cinco quilômetros e o ritmo das provas
mais longas, como meia maratona e maratona”, afirma o treinador.
Andre
Ricardo ainda reforça que o coração, o pulmão e os músculos são três grandes
engrenagens, sendo que a adaptação de cada uma varia de seis a 12 semanas.
“Respeitar esse tempo é necessário para evitar lesões musculoesqueléticas por
esforço repetitivo e a estagnação no rendimento devido à falha na recuperação”,
explica.
Com
os objetivos traçados pelo atleta, é fundamental a orientação de um educador
físico durante toda a preparação. Os treinos específicos ajudam na melhora do
rendimento e ainda por cima podem prevenir os riscos decorrentes do esporte.
“O
treinamento esportivo é uma ciência. A diferença entre o remédio e o veneno é a
dose. Assim como nos alimentamos em horários determinados, a corrida tem
estímulos corretos para cada situação”, finaliza Andre.
fonte:
http://www.webrun.com.br/