segunda-feira, 7 de julho de 2014

Como não pular o treino em dias chuvosos e frios





Não é novidade que treinar em dias frios e chuvosos do inverno, é sempre mais difícil do que nas demais estações e temperaturas do ano. Para muitos, independentemente dos objetivos, a planilha ou simplesmente a atividade de todas as manhãs não pode deixar de ser cumprida. Mas como garantir o condicionamento nessas ocasiões?
Por sorte o Brasil não é um país de temperaturas realmente baixas. Os cinco ou seis graus que costumam fazer nos dias mais frios do ano em São Paulo, ou até mesmo as temperaturas negativas de alguns estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, não podem ser consideradas assustadoras, se compararmos países como a Rússia, Finlândia ou Dinamarca, por exemplo.
Mas, para os corredores e atletas amadores, ou até mesmo para aqueles que praticam atividades físicas regulares, é nesta época de outono e inverno que os problemas e desculpas começam a aparecer com mais frequência. Sair de casa para encarar os treinos no frio ou na chuva, mesmo que devidamente paramentado, não é uma tarefa fácil.
Adaptações
Adaptar é o que recomenda o triatleta Ironman e maratonista amador Rodrigo Quevedo, 32, que mora em Porto Alegre e sempre dá um jeito para não deixar passar nem um detalhe dos treinos nos dias mais frios do ano no país. “É fato falarmos que o clima frio e chuvoso espanta muita gente dos parques, praças e demais locais da cidade. Mas se o atleta tem um objetivo, uma prova em mente, o treino precisa ser cumprido para que os frutos sejam colhidos depois", relata. Vale dizer que a condição adversa do treino pode acontecer também no dia da prova. "No meu caso, costumo alternar rodagens, tiros de intensidade e longos, que deve ser o que a maioria faz”.
O treino que geralmente requer mais atenção é o de tiro, por causa dos intervalos e ritmos que devem ser respeitados e controlados. Este pode ser feito normalmente na esteira, seguindo a série estipulada na planilha, em que os intervalos entre tiros e séries podem ser feitos com velocidade reduzida. É uma pausa ativa, em que a frequência não baixa tanto, o que favorece um bom desempenho nos tiros, considerando que na pista as pausas geralmente são paradas.
Outras alternativas
É claro que a esteira é o meio mais convencional e viável em dias como estes, mas nem sempre é possível encontrar uma por perto. Para este e outros casos, a treinadora Rosa Naimara, da Maxxyma Assessoria, de Curitiba, recomenda alternativas como escadas e quadras poliesportivas. "Muitos alunos não têm a opção da esteira, neste caso temos que improvisar e nossos professores são campeões nesse quesito. Eles levam sempre no carro várias cordas e cones e, se começar a chover, montam um circuito em qualquer lugar coberto", conta.
Com os equipamentos os alunos podem fazer os treinos combinados com deslocamentos laterais, frontais, pular corda, trabalhar com os intervalos e simular o esforço dos treinos de tiro. "Ano passado tivemos quatro semanas de chuva, nesses dias a escada do prédio virou local de treino, pois além de manter o condicionamento cardiovascular, treinar em escadas fortalece a panturrilha, quadríceps e glúteo," finaliza a treinadora curitibana.
Se a vontade e a determinação em busca de um determinado objetivo existe, a criatividade tem que ir mais além. Improvisar é uma forma de não cair na monotonia e manter o condicionamento em dia. Agora que você já leu sobre algumas dicas de como adaptar os treinos de rua em ambientes fechados, não há mais desculpas para deixar de cumprir o treino por conta das baixas temperaturas.
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