Dor no joelho é uma queixa bastante comum de quem pratica esportes. Muitas vezes, nem há um trauma na região e o incômodo insiste em aparecer durante a corrida. Isso acontece porque alguns problemas na articulação são causados devido à alterações biomecânicas, movimentos repetitivos, fatores genéticos e fraqueza muscular, não por trauma.
Esse conjunto de alterações no joelho é chamado de disfunção femoropatelar. Conhecido popularmente como “joelho de corredor”, o mal atinge 30% dos atletas e seu principal sintoma é a dor na parte da frente da articulação.
Você tem (ou já teve) o problema? Nesse caso, a primeira pergunta que surge (junto com o pânico) é: “Preciso parar de correr?” A resposta: nem sempre (muito mais animador do que “sim”, certo?). O incômodo começa aos poucos e não é limitante na fase inicial e intermediária. Porém, quanto mais tempo você ignorar os alertas do corpo (leia dor) e demorar para iniciar o tratamento adequado, maior será a limitação e o tempo afastado dos treinos.
Como prevenir
É impossível acabar com os movimentos repetitivos de flexão e extensão da perna e o impacto que seu joelho recebe ao correr. Logo, o jeito é melhorar a capacidade da articulação em aguentar essas cargas. O fortalecimento muscular é o carro chefe para isso. O foco do trabalho de força deve ser os músculos diretos (quadríceps) e os que interferem de forma indireta na biomecânica do joelho (glúteos médio e máximo). Não menos importantes são a panturrilha e o core, que ajudam na absorção de impacto. E músculo forte só funciona bem se tiver boa elasticidade e souber exatamente quando entrar em ação. Portanto, nunca deixe de lado exercícios de controle postural, equilíbrio, propriocepção e alongamento.
*Beatriz Peres é fisioterapeuta do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e instrutora de pilates. publicado no site do suacorrida.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário