Um
dia normal da vida de Eliud
Kipchoge é,
literalmente, bastante corrido. Em meio aos treinos e participação
em provas - a mais recente delas na Maratona
de Boston,
realizada na segunda-feira (17 de abril), o astro
do atletismo percorre
cerca de 220km por semana.
Por
conta dos longos trajetos que faz, grande parte da sua dieta é
formada pela ingestão de proteínas e carboidratos. Para o bicampeão
Olímpico da maratona,
não há espaço para compulsão alimentar: ele só come em alguns
momentos específicos do dia.
Sua
comida preferida é o prato típico queniano ugali,
similar a uma polenta, feito com farinha de milho branca.
Assim
como seu treinamento, a dieta de Kipchoge é bem simples: além de
feijão, frutas e legumes de origem local.
Uma
das "escapadas" do queniano em meio à restrita dieta
acontece no café da manhã, pois ele gosta de colocar bastante
açúcar em sua reforçada caneca de chá.
O
que inclui a dieta de Eliud Kipchoge?
Depois
de longas corridas ou sessões intensas de velocidade na pista, seu
café da manhã consiste em chá branco e pão, o que é comum no
Quênia.
O
pão que ele e seus companheiros de treinamento comem em sua base
de treinamento, em Kaptagat,
é feito em casa.
“Mas
durante os dias difíceis, três vezes por semana, tomo chá, algumas
frutas, também uma banana e ovos para repor a energia perdida e,
acima de tudo, reparar os tecidos rompidos”, disse ele à BBC.
Em
dias de corrida, sua refeição pré-largada é ainda mais leve -
cereais e leite - ou apenas aveia, como fez em 2019, antes de
completar a Maratona de Viena, na Áustria, em menos de duas horas.
No
almoço e no jantar, ele costuma comer ugali com
carne magra e um pouco de managu -
um vegetal de origem indígena semelhante ao espinafre, rico em
vitaminas e fibras. Ele alterna o managu com
repolho ou couve (sukuma).
O
astro das maratonas também gosta de ter seu ugali servido
com feijão e batata, para repor seus carboidratos.
Nos
dias em que não há ugali,
seu prato preferido, o queniano come arroz e feijão vermelho, outra
grande fonte de proteína. O outro carboidrato popular no cardápio
do quatro
vezes medalhista Olímpico é
o chapati,
igualmente popular no Quênia.
Similar
a um pão sírio sem fermento, o chapati tem
sua origem na Índia e é um alimento básico na África Oriental,
que também pode ser comido com feijão.
Mas
quando Kipchoge está viajando e não tem acesso ao ugali,
sua refeição favorita é macarrão, geralmente com uma fruta de
sobremesa.
Importância
da alta ingestão de carboidratos para maratonistas
Nutricionista
do queniano, Armand
Bettonviel explicou
a importância da alta ingestão de caboidratos e a razão pela qual
maratonistas precisam evitar produtos integrais.
“Por
que ingerir uma quantidade tão alta de carboidratos? Bem, quando seu
corpo atinge um estado muito intenso, como em uma maratona, ele testa
o estoque de carboidratos,” comentou Bettonviel em uma entrevista à
sua equipe, a NN
Running.
“Simplificando,
quanto mais carboidratos no corpo e maiores níveis de armazenamento,
maior a probabilidade de você ter um desempenho melhor por mais
tempo. Os carboidratos extras que eu recomendaria a um corredor de
maratona são arroz, macarrão, batata, aveia, banana e panquecas.
Lembrando que, no entanto, produtos integrais não são adequados
para todos, porque podem causar desconforto gastrointestinal”.
Outro
alimento favorito na mesa de Kipchoge é leite puro ou o leite
fermentado, chamado de mursik.
A bebida é de cor amarelada, com pedaços, e tem gosto de iogurte.
Leite
e chá representam apenas uma pequena porcentagem da ingestão de
líquidos da estrela queniana, o que garante que ele beba até
três litros de água diariamente.
publicação original em https://olympics.com/pt/noticias