Correr é uma atividade saudável que pode trazer inúmeros benefícios para seus praticantes. Porém, como em qualquer exercício físico, alguns cuidados devem ser tomados na hora de iniciar os treinamentos. No caso das mulheres que estão acima do peso, existem algumas particularidades que devem ser respeitadas para que os trabalhos não gerem lesões e outros problemas de saúde.
O treinador e professor de fisiologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Paulo Correia, alerta sobre os cuidados iniciais. Segundo o especialista, a nova corredora deve realizar um check-up médico antes das primeiras passadas, principalmente avaliações cardiológicas e laboratoriais. “É importante também saber se ela está livre de problemas ortopédicos, como nos joelhos, tornozelos e quadris”, explica.
Cuidados nos primeiros passos – Em alguns casos, em especial o de obesidade, a nova esportista não deve iniciar essa atividade com treinos de corrida. A caminhada é uma excelente atividade introdutória e, além de ser prazerosa e proporcionar a queima de gordura, não exige altas frequências cardíacas e diminui os riscos de lesões causadas pelo impacto do corpo com o chão.
Esse impacto exige muito das estruturas ósseas e musculares. Correia alerta que, para proteger o corpo de lesões, é preciso incluir na primeira planilha de treinos os exercícios de musculação, de resistência e flexibilidade das áreas do corpo utilizadas durante as passadas. “Sem isso, a corredora terá uma vida
curta no esporte”, alerta o fisiologista, que ainda complementa afirmando que um calçado com bom sistema de amortecimento é a melhor opção para quem está acima do peso.
Apenas correr não basta – Ana Maria Martins, nutricionista e diretora da consultoria Nutricius – Nutrição Esportiva e Qualidade de Vida, dá algumas dicas sobre como deve ser a alimentação de quem está acima do peso e quer começar a treinar. “As mulheres com sobrepeso devem optar por frutas, verduras e legumes diariamente, além de reduzir no cardápio da presença de alimentos mais gordurosos e ricos em açúcares”, explica.
Como qualquer novo hábito, uma reeducação alimentar requer disciplina e paciência. A nutricionista complementa: “A formação do hábito alimentar é influenciada por vários fatores – fisiológicos, psicológicos, socioculturais, econômicos – e ocorre desde a infância até o momento em que essa mulher escolherá consciente e independentemente os alimentos que farão parte da sua dieta. Por isso, a mudança de hábito alimentar deve ser gradual. É importante estabelecer metas pequenas e atingíveis para que os benefícios cheguem aos poucos”, finaliza
f:suacorrida