quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Estudo diz que espinafre pode causar doping


No desenho animado Popeye, o marinheiro ganha força extra quando come uma lata de espinafre. Cientistas da Universidade Livre de Berlim descobriram que isso não é apenas ficção. Após um estudo, eles recomendam que a ecdisterona – substância química presente no espinafre – seja adicionada à lista de doping.
O Instituto de Farmácia da universidade conduziu um programa de treinamento de força de 10 semanas com 46 atletas para testar como a substância afeta o desempenho físico. Alguns dos participantes receberam placebos e, outros, cápsulas de ecdisterona contendo o equivalente a até 4 quilos de espinafre cru por dia.
Durante a pesquisa, que foi apoiada pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês), os atletas que receberam o suplemento viram sua força física aumentar três vezes mais que a dos colegas que tomaram o placebo.
O estudo é o primeiro na Alemanha a provar a ligação entre a ecdisterona do espinafre e a melhora significativa do desempenho físico, embora pesquisas anteriores em outros países tenham apontado conclusões semelhantes.
"Nossa hipótese era de que veríamos um aumento no desempenho, mas não esperávamos que fosse tão grande", disse Maria Parr, do Instituto de Farmácia da Universidade de Berlim, em entrevista às emissoras ARD e ARTE.

Substância proibida?

De acordo com a pesquisadora, os resultados indicam que a ecdisterona deveria pertencer à lista de substâncias proibidas para atletas.
A decisão ficará a cargo de um corpo de especialistas da agência, mas só deve ser tomada após uma investigação mais aprofundada sobre quanto o uso da ecdisterona é difundido no esporte profissional.
Fritz Sörgel, especialista em combate ao doping, disse à rádio "Deutschlandfunk" que espera que sejam feitos mais estudos sobre as propriedades de outras plantas.

Um mal exemplo de corredor, na Meia de Sta Catarina



Um corredor amador foi desclassificado da Meia Maratona de Florianópolis por fraude na prova realizada no último domingo. Organizadora do evento esportivo, a Corre Brasil informou nesta quarta-feira que foi comprovado que um participante não cumpriu o percurso. Ele chegou a estar no pódio da categoria de sua idade na modalidade 21k (meia maratona).
De acordo com a organização da corrida, o relatório da Federação Catarinense de Atletismo (FCA) indicou que o participante burlou o regulamento e não foi cumpriu o percurso. A fraude não pôde ser comprovada no dia do evento porque ele passou nos três pontos de controle do trajeto. É provável que tenha utilizado carona no decorrer do percurso para ganhar vantagem em relação aos outros atletas, usando veículo e passando por vias que não faziam parte do percurso.
Em áudio que circula em aplicativo de troca de mensagens, o participante desclassificado admitiu a fraude e, arrependido, classificou a próprio atitude como “imbecil”. Ele ainda pediu desculpas aos demais atletas que participaram da Meia Maratona de Florianópolis. O evento esportivo realizado no último domingo, em Florianópolis, reuniu mais de 6 mil corredores, nas distâncias de meia maratona (21km), 10km e 5km.
A assessoria esportiva da qual ele fazia parte optou por sua expulsão e pediu desculpas pelo ocorrido. Em nota, a assessoria repudiou esta e qualquer outra conduta antidesportiva, e condenou a atitude do agora ex-aluno.
A organização da prova recolheu o troféu na manhã desta quarta-feira, divulgou o resultado final atualizado - com a desclassificação do atleta - e vai destinar o prêmio ao real quarto colocado da categoria, posição que foi ocupada pelo participante que fraudou a prova.
Na classificação geral da meia maratona os vencedores foram Simone Ponte Ferraz (1h20m07) no feminino e Patrick Gularte Vieira (1h06m43) no masculino

quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Os tipos mais comuns de lesão na canela e nos pés

 

1) Tendinopatia do Aquiles

Lesão bem comum entre os corredores. Embora o tendão de aquiles seja capaz de suportar 12 vezes o peso do corpo, uma pressão exagerada provoca a degeneração desse tecido fibroso. Em um primeiro momento, a dor no calcanhar é confundida com os incômodos musculares. No entanto, se o tendão se rompe, as dores são mais intensas e a cirurgia exige uma longa recuperação.
Causas:
  • Excesso de peso
  • Treinos muito intensos
  • Pronação ou supinação excessiva
  • Doenças de base (tabagismo, colesterol alto, diabetes, hipertensão)
Sintomas: 
  • Dor ao colocar o pé para cima
  • Crepitação (estalos nas articulações)
  • Dores após o aquecimento
  • Vermelhidão, inchaço e dor ao apalpar a região

2) Esporão no calcâneo

Logo ao acordar, levar a perna da cama ao chão é um problema. Andar pela manhã é sinônimo de uma dor intensa, como se alguém colocasse uma faca no calcanhar. Ao longo do dia, conforme a pessoa vai se exercitando e andando, o incômodo é amenizado. Na corrida, após o alongamento, a dor fica em segundo plano. Quem relata esse tipo de situação sofre com o esporão calcâneo, uma saliência óssea no calcanhar gerada por uma sobrecarga na região. Especialistas costumam recomendar calcanheiras em gel para suavizar os danos do esporão calcâneo.
Causas: 
  • Impacto excessivo ou atividade física repetida
  • Falta de flexibilidade e sedentarismo
  • Pronação ou supinação
Sintomas: 
  • Dor muito forte ao tocar o solo nas primeiras pisadas do dia
  • Dor durante o aquecimento

3) Fascite plantar


Corredores que costumam alternar a dinâmica das passadas, mesclando tiros e longões, estão suscetíveis à fascite plantar que, em um estágio inicial, gera uma dor comparável à sensação de ter pisado em um alfinete ou de tomar um pequeno choque elétrico. A dor pode surgir pela manhã ou depois de um período sentado. A fáscia plantar absorve os impactos e protege os ossos do pé, mas a inflamação no local é capaz de gerar alguns transtornos nas atividades cotidianas.
 Causas: 
  • Pronação e supinação excessivas
  • Traumatismos por repetição na corrida
  • Passadas mais longas
  • Encurtamento da musculatura da panturrilha
  • Andar na ponta do pé para aliviar dores ou entortar pisdas
Sintomas:
  • Dor ao levantar da cama
  • Incômodos durante o dia
  • Rigidez na sola do pé
  • Dores não são notadas durante a corrida

4) Fratura por estresse do calcâneo

Corredores pesados e com uma biomecânica incorreta estão propensos a lesionar o calcâneo, osso mais volumoso do pé. Se você aterrissa no solo com o calcâneo, aumentam as chances de sofrer essa fratura por estresse. Quanto mais precoce o diagnóstico, melhor e mais rápido será o tratamento.
Causas: 
  • Tênis inadequados
  • Impacto exagerado sobre a região
  • Biomecânica
  • Sobrepeso
Sintomas: 
  • Dores no dia seguinte ao treino
  • Inchaço na região do calcanhar
  • Incapacidade de suportar o próprio peso no calcanhar

5) Canelite


No início, a canelite, problema comum entre corredores de médias e longas distâncias, parece inofensiva, já que traz apenas uma dorzinha na lateral da canela, mas, depois que evolui, pode fazer o atleta ter dificuldades até para caminhar. Em casos gravíssimos, gera microfissuras no osso, trazendo a fratura por estresse. Essa inflamação na membrana que reveste o osso da canela (tíbia) pode ser evitada com aquecimentos, alongamentos, e um bom fortalecimento muscular. 
Causas: 
  • Falta de fortalecimento físico
  • Aumento não planejado no volume de treinos
  • Pronação ou supinação excessiva
  • Falta de alongamento na panturrilha
Sintomas: