terça-feira, 14 de maio de 2013

Corrida contra o colesterol


É fato: a corrida ajuda a gente a manter o corpo bonito, aliviar as tensões do dia a dia e elevar a auto-estima. Mas os benefícios desse esporte vão muito além: quem corre sabe que a atividade é um santo remédio para vários problemas de saúde – como o colesterol alto, por exemplo. "Uma das maiores vantagens da corrida é que ela estabiliza o endotélio, camada que envolve a parede interna dos vasos sanguíneos e protege contra o depósito de gordura em seu interior. Um enfraquecimento do endotélio pode levar à má circulação e provocar um enfarte”, explica o médico Nabil Ghorayeb, especialista em cardiologia e medicina do esporte e diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Além disso, a corrida também diminui os níveis de triglicerídeos – que, se elevados, podem aumentar a ocorrência de doenças coronarianas.
Desde 1970, quando pesquisadores da Universidade de Stanford, na Califórnia, descobriram que o perfil lipídico de corredores era melhor do que de sedentários, vem sendo realizados inúmeros estudos na tentativa de compreender o fato. A conclusão foi que o exercício pode diminuir o colesterol total (que é a soma do colesterol HDL com o colesterol LDL) em uma média de 10mg/dl e os triglicérides em uma média de 16 mg/dl. E, o mais importante, aumentar os níveis de HDL (colesterol bom).

Isso acontece porque a corrida altera a produção das enzimas que controlam os níveis de gordura do nosso sangue. A LPL, enzima que destrói os triglicerídeos e aumenta os níveis de HDL (colesterol bom), é encontrada em quantidades elevadas entre os praticantes de exercícios aeróbios. Além disso, a perda de gordura corporal aumenta a ação de LPL, enzima denominada lipoproteinolipase, que destrói os triglicerídeos.


Para conquistar todos esses benefícios, porém, você precisa se exercitar regularmente – isso quer dizer correr ou caminhar pelo menos 4 vezes por semana – e ter atenção ao que coloca no prato. Segundo um estudo liderado por David Jenkins, da Universidade de Toronto, no Canadá, uma dieta balanceada tem mais efeito do que somente cortar gorduras saturadas do cardápio. Os resultados indicam que incluir na rotina os alimentos conhecidos pelo poder de diminuir o colesterol é mais benéfico do que simplesmente cortar os gordurosos.


De acordo com o estudo, consumir nozes e aveia é recomendado, bem como produtos que incluem soja (como leite, tofu ou substitutos da carne). Também foi incentivada a ingestão de ervilhas, feijões e lentilhas. E os resultados são animadores: se você mudar a dieta, em um período de seis meses já pode reduzir em aproximadamente 13% os níveis de LDL (colesterol ruim) no sangue.

 fonte: Wrun

 

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