Imagine
a cena: você finalmente cria coragem para encarar uma prova de
corrida de rua e, durante o desafio, percebe que as coisas não estão indo da
maneira esperada. Seu corpo não está conseguindo manter o ritmo e você é
obrigada a diminuir as passadas. Essa situação não é incomum assim e
muita gente já passou por ela.
Segundo o
diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva, Rodrigo Lobo, existem muitos
motivos que podem influenciar na dificuldade do atleta em consegui manter o pace durante
toda uma prova.
“Regularidade, disciplina de treinos e
hábitos de vida devem vir em primeiro lugar”, orienta o especialista, que
completa: “Junto a esses fatores, a qualidade de treinos – como distribuição
adequada de volume e intensidade – é responsável pela evolução sólida do
atleta, fazendo com que apenas algum problema muito sério, fora de controle,
faça com que ele não consiga terminar uma prova”. O segredo, então, é conseguir
focar nos treinos com muita determinação e seriedade antes das provas.
O
treinamento para quem quer encarar as corridas pode ser realizado de diversas
formas, porém, devendo sempre ser acompanhado por um profissional habilitado,
que dê as melhores indicações de acordo com os limites e objetivos do corredor.
“É
interessante investir nos treinos variados, como na esteira e na rua, além do fortalecimento muscular(musculação,
treinamento funcional, entre outros) e treinos técnicos, como os educativos de corrida”, sugere. Para Lobo,
outra dica importante é também investir em treinos complementares, como
ciclismo e natação.
O que
fazer no dia da prova?
No dia da
corrida, é importante ficar ligado em alguns conselhos sugeridos pelo
treinador, como, por exemplo, quanto à alimentação pré-prova. “Deve-se evitar
alimentos gordurosos, com muita proteína e fibras”, aconselha. Além disso, é
recomendado que o atleta mantenha sua alimentação habitual, mas sempre tomando
cuidado em não exagerar no consumo dos alimentos citados.
Outro
fator importante é quanto ao aquecimento antes
de dar início ao percurso. Ele é importante para “dizer” ao cérebro que você
começará um exercício mais prolongado em breve. Um bom aquecimento começa
com alongamentos, principalmente das pernas.
Segundo o
especialista, apesar de muito importante, o aquecimento não é, de fato, o
motivo principal e condicional para se conseguir realizar a prova até o final,
sem parar. Ele ainda orienta que, quanto menor a distância, melhor deve ser o
aquecimento. “Por exemplo, nas provas leve ou caminhadas, 5 a 10 minutos
alongando auxilia na preparação do organismo para receber o estímulo de alta
intensidade sem gerar mal estar ou causar algum tipo de lesão.”
Também é
imprescindível ficar atento à hidratação durante
a corrida. De acordo com Lobo, quanto maior for a distância do percurso – e
quanto maior o calor e umidade no dia da prova –, maior é a perda de líquidos.
“Recomenda-se pequenos goles de água a cada 2 ou 3 km”, sugere o entrevistado.
Quanto ao
uso de géis de carboidratos, eles são ideais para o
bom desempenho em prova de distâncias maiores, como nas de 15, 21 e 42 km.
Nesse caso, segundo o treinador, recomenda-se uma reposição a cada 8 ou 10 km.
Em
relação à respiração, não há uma recomendação específica
que ajude o indivíduo a manter o ritmo durante a corrida. Conforme explica
Lobo, a própria variação de intensidade entre os movimentos realizados
ajustarão o fluxo respiratório, o elevando ou diminuindo de acordo com o ritmo
do corredor.
Em todo
caso, se o ritmo das suas passadas não corresponder à sua vontade em finalizar
a prova e você sinta dores musculares ou qualquer outro mal súbito, reduza o
ritmo da corrida. Dependendo da intensidade, comece a caminhar ou, até mesmo,
pare os movimentos.
fonte: http://www.suacorrida.com.br/treino
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