O que
é melhor na hora da lesão: bolsa de gelo ou de água quente?
Na tentativa de
melhorar o próprio desempenho, é comum as pessoas submeterem o músculo a um
esforço acima do normal e, consequentemente, interromperem a atividade física
por conta de uma lesão. Neste momento é melhor pegar gelo e fazer uma compressa
ou ir atrás de uma bolsa de água quente?
De acordo com a fisiologista Natália L. Reinecke,
acertou quem escolheu a primeira opção. Colocar um pouco de gelo envolto em um
pano (para não queimar a pele), ou segurar uma bolsa de gel com efeito gelado
diretamente no local no momento em que a lesão acontece, irá aliviar a dor e
diminuir o inchaço causado pelo trauma.
O mais indicado é que o atleta fique em repouso e
coloque a bolsa de água quente no local somente depois que a fase aguda passar,
o que pode levar alguns dias em certos casos. “O tratamento com o calor, ou
termoterapia, é indicado para diminuir a dor, aumentar a flexibilidade dos
músculos e diminuir a rigidez das articulações. Deve ser usada após a fase
aguda de dor”, indica Natália.
Complicações - A troca na ordem dos
procedimentos pode significar mais dor e um período de repouso maior. “O uso do
calor provoca uma maior dilatação dos vasos sanguíneos no local, podendo piorar
a dor e o edema quando usado durante a fase aguda da lesão”, explica a
profissional.
Procedimentos - A primeira atitude do
atleta assim que sentir o desconforto ou dor intensa é parar imediatamente de
praticar a atividade física. Continuar a forçar o músculo pode fazer com que
uma microlesão se transforme em um grande trauma, de acordo com a profissional.
Caso o dano não tenha sido grave, a indicação é de
repouso. “Deve-se esperar algum tempo antes de retornar à atividade esportiva.
Este tempo dependerá do grau da lesão e, neste sentido, a fisioterapia poderá
ajudar a acelerar o processo de recuperação e reintegração do atleta à
atividade”, sugere a fisiologista.
Em caso de lesões graves, deve-se dirigir
imediatamente para um pronto socorro para que um médico possa analisar a
gravidade. Em alguns casos, é necessária a imobilização do local afetado.
Alogamento - Segundo Natália, quando um
atleta sofre um estiramento muscular não é indicado realizar o alongamento. O
procedimento poderá agravar a situação.