sexta-feira, 20 de março de 2015

Para sempre corredor


Alguns corredores não entendem bem o motivo que os leva a correr e não conseguem fazer isso sem afobação, em equilíbrio
Foto: Shutterstock
Se a corrida fornece aquele algo a mais em nossa vida, então por que não praticá-la por toda a nossa existência? Se ela nos faz tão bem, nos deixa tão dispostos e com sede de viver, por que não fazê-la de forma leve e prazerosa para não danificar nossas articulações e músculos?
Infelizmente, têm pessoas que ainda não entenderam bem o motivo que as leva a correr e não conseguem fazer isso sem afobação, em equilíbrio. Parece que sentem uma necessidade de se quebrar por inteiro, fazer do esporte um massacre ao seu corpo. Vejo nos parques as pessoas correndo desesperadamente, como se o importante fosse chegar à frente. Nas competições, então, é uma lástima. Elas não conseguem correr curtindo cada detalhe da prova ou cada momento daquele instante tão singular que a competição oferece. Parece que não estão lá para aproveitar aquele momento sagrado de oração ao corpo, mas sim para dar passadas que não se sustentam, atingir uma velocidade exagerada e ficar no sufoco, maltratando seu organismo e até mesmo deprimindo o próprio sistema imunológico.
Com exceção dos profissionais, que fazem isso por obrigação, os demais não devem procurar bater recordes. Correr muito rápido, acima de suas possibilidades, é um verdadeiro desastre. O atleta pode acabar tendo uma vida de corredor curta, porque dentro de no máximo dez ou 20 anos seu corpo estará completamente destruído.
As pessoas necessitam entender que correr é uma graça de Deus e que, portanto, devem ser mais responsáveis para não se lesionarem e colocarem tudo a perder. Justamente no momento em que a corrida vai fazer mais diferença na vida da pessoa, que é após os 50, ela já não pode mais usar este meio para manter um bom nível de saúde, pois seu corpo não aguenta mais tanto estresse.
É preciso pôr na cabeça dos corredores que se corre hoje unicamente para poder correr amanhã. Se o esporte nos oferece o elixir da vida, por que então não agir com muito bom senso para poder correr para sempre? Eu digo isso porque faço isso há mais de 60 anos e sei como é delicioso. Então, meu querido leitor, aprenda a curtir esse momento único e fique sempre dentro de seu ritmo de conforto. Corra hoje, amanhã e sempre!
Nuno Cobra, nosso colunista, mostra que o seu corpo agradece quando você deixa preocupações, como o tempo, de lado
Se a corrida fornece aquele algo a mais em nossa vida, então por que não praticá-la por toda a nossa existência? Se ela nos faz tão bem, nos deixa tão dispostos e com sede de viver, por que não fazê-la de forma leve e prazerosa para não danificar nossas articulações e músculos?
Infelizmente, têm pessoas que ainda não entenderam bem o motivo que as leva a correr e não conseguem fazer isso sem afobação, em equilíbrio. Parece que sentem uma necessidade de se quebrar por inteiro, fazer do esporte um massacre ao seu corpo. Vejo nos parques as pessoas correndo desesperadamente, como se o importante fosse chegar à frente. Nas competições, então, é uma lástima. Elas não conseguem correr curtindo cada detalhe da prova ou cada momento daquele instante tão singular que a competição oferece. Parece que não estão lá para aproveitar aquele momento sagrado de oração ao corpo, mas sim para dar passadas que não se sustentam, atingir uma velocidade exagerada e ficar no sufoco, maltratando seu organismo e até mesmo deprimindo o próprio sistema imunológico.
Com exceção dos profissionais, que fazem isso por obrigação, os demais não devem procurar bater recordes. Correr muito rápido, acima de suas possibilidades, é um verdadeiro desastre. O atleta pode acabar tendo uma vida de corredor curta, porque dentro de no máximo dez ou 20 anos seu corpo estará completamente destruído.
As pessoas necessitam entender que correr é uma graça de Deus e que, portanto, devem ser mais responsáveis para não se lesionarem e colocarem tudo a perder. Justamente no momento em que a corrida vai fazer mais diferença na vida da pessoa, que é após os 50, ela já não pode mais usar este meio para manter um bom nível de saúde, pois seu corpo não aguenta mais tanto estresse.
É preciso pôr na cabeça dos corredores que se corre hoje unicamente para poder correr amanhã. Se o esporte nos oferece o elixir da vida, por que então não agir com muito bom senso para poder correr para sempre? Eu digo isso porque faço isso há mais de 60 anos e sei como é delicioso. Então, meu querido leitor, aprenda a curtir esse momento único e fique sempre dentro de seu ritmo de conforto. Corra hoje, amanhã e sempre!
texto de Nuno Cobra é treinador físico e mental e autor do best-seller "A semente da vitória". Assina também a coluna Chegada da revista O2 Por Minuto www.o2porminuto.com.br

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