Se você é
corredor há bastante tempo, com certeza sabe que o trabalho de fortalecimento
muscular é indispensável para qualquer atleta. Se você entrou para o esporte há
pouco tempo, já deve ter escutado isso também. Mas, afinal, por que é tão
importante fazer musculação na academia ou apostar em métodos alternativos se,
no final, você só quer correr?
Segundo
Sandro Barone, professor da Fórmula Academia de Osasco, na Grande São Paulo, a
falta desses exercícios afeta a performance e deixa o corredor mais propenso a
sofrer lesões – mais sérias ou não –, como condromalácia patelar, síndrome do trato iliotibial, no menisco, ligamentares
e musculares.
“O trabalho de fortalecimento muscular deve
ser feito em todos os músculos, mas, sobretudo, nos membros inferiores e core”,
explica Barone. “Das pernas, é importante fortalecer quadríceps, posteriores de
coxa e panturrilha, mas, principalmente, o glúteo médio e mínimo, pois durante
a corrida, tem-se o chamado valgo dinâmico do joelho e o fortalecimento destes
músculos minimiza tal problema. Quanto aos músculos do core, estes devem ser
trabalhados como um todo, tanto com exercícios isométricos como dinâmicos.”
O treinador
indica que esse tipo de atividade seja feita de duas a três vezes por semana,
sempre respeitando a periodização de treinos de cada pessoa. Ele ainda cita
alguns cuidados a serem tomados. “Aliados a eles, os corredores devem realizar
treinos de alongamento,
para evitar a perda de flexibilidade articular. Além disso, quando pensamos em
treinamento de corrida, alguns estudos científicos apontam que corredores podem
apresentar lesões precoces devido ao incremento do volume e/ou intensidade a
cada microciclo (semana de treino).” Outra pesquisa que Barone lembra diz que o
aumento do volume e/ou intensidade do treinamento não pode ser maior que 10%
entre uma semana e a seguinte, já que o atleta poderá apresentar uma grande
probabilidade de, a médio ou longo prazo, desencadear lesões nos membros
inferiores ou na coluna.
fonte: www.suacorrida.com
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