As primeiras tarefas para quem vai iniciar um
treinamento é combinar com o seu treinador ou consigo mesmo qual a meta ou a
competição a ser alcançada, e as estratégias adotadas para conquistar o
objetivo com êxito.
As táticas para alcançar o sucesso podem ser
denominadas de periodização, que segundo Dantas (2003) é o planejamento geral e
detalhado do tempo disponível para o treinamento, de acordo com os objetivos
intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios
científicos do treinamento desportivo.
Este plano detalhado nada mais é do que uma
semana ou até mesmo uma sessão do treinamento, que mostrará ao corredor qual o
tipo de atividade será realizada. Exemplo: treino regenerativo, ou seja, com
exercícios que não exijam toda a capacidade do atleta.
Aproveitando este mesmo exemplo, imaginamos que
a semana regenerativa sirva para recuperar o atleta.
Mas quantificar quanto o corpo precisa deste
trabalho também é de suma importância para saber como o esportista reagirá a um
trabalho mais intenso, como o famoso longão, treino conhecido, entre os
corredores, por forçar e aumentar a distância mais do que de costume.
Alguns métodos ajudam a determinar e mostrar
qual o momento exato para uma sessão explosiva ou para uma pausa regenerativa a
fim de evitar lesões.
Um dos mais conhecidos é chamado de TQR, ou
seja, a escala da qualidade total de recuperação. Para utilizá-lo, o treinador
precisará quantificar, por treino ou semanalmente, a carga de treinamento do
atleta, o que pode ser feito pelo método PSE da sessão.
A TQR é usada antes de todos os treinamentos,
quando o atleta responderá com número de 6 (nada recuperado) a 20 (totalmente
recuperado) a pergunta: “Como você se sente em relação a sua recuperação?”
6 – em nada recuperado
7 – extremamente mal recuperado
8/9– muito mal recuperado
10/11 – mal recuperado
12/13 – razoavelmente recuperado
14/15 – bem recuperado
16/17 – muito bem recuperado
18/19 – extremamente bem recuperado
20 – totalmente recuperado
O ideal neste caso é comparar a recuperação e a
quantificação com treinamentos diferentes, mas de pessoas com objetivos semelhantes.
Os idealizadores da escala TQR, Kentä e Hassmen
(1998), recomendam um valor mínimo de recuperação alcançado pelos atletas de 13
na escala.
Com a utilização desta escala, será possível
mostrar se o atleta possui ou não um dano muscular, estresse ou um menor estado
de recuperação.
fonte: Rodrigo
Gianoni é fisiologista da equipe de Voleibol do Santos FC/Andee/Fupes e
integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Planejamento e Monitoramento do
Treinamento Físico e Esportivo - EEFE/USP e do Grupo de Estudos e Pesquisa em
Fisiologia do Exercício - GEPEFEX/UNIFESP