quarta-feira, 19 de junho de 2013

A importância do treinador fazer avaliação periodicamente com os seus corredores



As primeiras tarefas para quem vai iniciar um treinamento é combinar com o seu treinador ou consigo mesmo qual a meta ou a competição a ser alcançada, e as estratégias adotadas para conquistar o objetivo com êxito.

As táticas para alcançar o sucesso podem ser denominadas de periodização, que segundo Dantas (2003) é o planejamento geral e detalhado do tempo disponível para o treinamento, de acordo com os objetivos intermediários perfeitamente estabelecidos, respeitando-se os princípios científicos do treinamento desportivo.

Este plano detalhado nada mais é do que uma semana ou até mesmo uma sessão do treinamento, que mostrará ao corredor qual o tipo de atividade será realizada. Exemplo: treino regenerativo, ou seja, com exercícios que não exijam toda a capacidade do atleta.

Aproveitando este mesmo exemplo, imaginamos que a semana regenerativa sirva para recuperar o atleta.

Mas quantificar quanto o corpo precisa deste trabalho também é de suma importância para saber como o esportista reagirá a um trabalho mais intenso, como o famoso longão, treino conhecido, entre os corredores, por forçar e aumentar a distância mais do que de costume.

Alguns métodos ajudam a determinar e mostrar qual o momento exato para uma sessão explosiva ou para uma pausa regenerativa a fim de evitar lesões.

Um dos mais conhecidos é chamado de TQR, ou seja, a escala da qualidade total de recuperação. Para utilizá-lo, o treinador precisará quantificar, por treino ou semanalmente, a carga de treinamento do atleta, o que pode ser feito pelo método PSE da sessão.

A TQR é usada antes de todos os treinamentos, quando o atleta responderá com número de 6 (nada recuperado) a 20 (totalmente recuperado) a pergunta: “Como você se sente em relação a sua recuperação?”

6 – em nada recuperado
7 – extremamente mal recuperado
8/9– muito mal recuperado
10/11 – mal recuperado
12/13 – razoavelmente recuperado
14/15 – bem recuperado
16/17 – muito bem recuperado
18/19 – extremamente bem recuperado
20 – totalmente recuperado

O ideal neste caso é comparar a recuperação e a quantificação com treinamentos diferentes, mas de pessoas com objetivos semelhantes.

Os idealizadores da escala TQR, Kentä e Hassmen (1998), recomendam um valor mínimo de recuperação alcançado pelos atletas de 13 na escala.

Com a utilização desta escala, será possível mostrar se o atleta possui ou não um dano muscular, estresse ou um menor estado de recuperação.

fonte: Rodrigo Gianoni é fisiologista da equipe de Voleibol do Santos FC/Andee/Fupes e integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Planejamento e Monitoramento do Treinamento Físico e Esportivo - EEFE/USP e do Grupo de Estudos e Pesquisa em Fisiologia do Exercício - GEPEFEX/UNIFESP

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