A fratura por estresse é uma das
lesões mais frequentes em corredores. Ao contrário de traumas intensos,
provocados por episódios específicos, como uma queda ou uma torção, esse tipo
de fratura vai se instaurando aos poucos nos ossos, pela repetição de movimentos
errados, sobrecarga contínua de treino, uso de equipamentos inadequados ou
falta de suporte muscular. O que começa com um leve incômodo, durante a
atividade, pode evoluir para uma dor que impeça o corredor de continuar
praticando. O ideal é procurar um especialista e diagnosticar o problema o
quanto antes, evitando que uma lesão de tratamento razoavelmente simples evolua
para uma ruptura completa do osso.
Quer saber mais sobre as fraturas
por estresse em corredores? O Dr. Marcelo Acherboim, médico do Hospital
Samaritano de São Paulo, especialista em Ortopedia e Traumatologia, Medicina
Esportiva e Cirurgia do Joelho, Ombro e Cotovelo, tira todas as dúvidas sobre
esse tipo de lesão:
O que é a fratura por estresse?
Marcelo Acherboim: É um tipo de fratura incompleta que ocorre, normalmente, em ossos de carga, ou seja, aqueles submetidos à sobrecarga contínua ou estresse. É como se fosse uma rachadura no osso.
Marcelo Acherboim: É um tipo de fratura incompleta que ocorre, normalmente, em ossos de carga, ou seja, aqueles submetidos à sobrecarga contínua ou estresse. É como se fosse uma rachadura no osso.
Qual a sua causa?
MA: Está relacionada à fadiga do osso, provocada por sobrecarga de impacto ou torcional sobre o mesmo (overtraining) e déficit de suporte da musculatura.
MA: Está relacionada à fadiga do osso, provocada por sobrecarga de impacto ou torcional sobre o mesmo (overtraining) e déficit de suporte da musculatura.
É uma lesão comum entre os
corredores?
MA: Sim. Os locais de ocorrência
mais comuns são: tíbia, metatarsos, colo do fêmur, maléolos medial e lateral
(tornozelo). As principais causas em corredores são: overtraining, déficit
muscular, calçados inadequados, erros de pisada e de postura.
Como tratar uma fratura por
estresse?
MA: Primeiramente, é preciso identificar a causa, para depois corrigi-la. Por exemplo, adequar o treino (tanto frequência, como intensidade), acertar a pisada ou mudar o tênis, orientando sobre os cuidados e revezamento destes, prevenindo fadiga do material (se for o caso). Normalmente, recomendo um bom trabalho postural e de equilíbrio da musculatura, que ajuda muito na reabilitação. E, por fim, gosto de utilizar uma máquina chamada PST (Pulsed Signal Therapy), que é muito útil no tratamento da fratura de estresse, com excelentes resultados. O afastamento das atividades costuma ser necessário pelo menos no início do tratamento.
MA: Primeiramente, é preciso identificar a causa, para depois corrigi-la. Por exemplo, adequar o treino (tanto frequência, como intensidade), acertar a pisada ou mudar o tênis, orientando sobre os cuidados e revezamento destes, prevenindo fadiga do material (se for o caso). Normalmente, recomendo um bom trabalho postural e de equilíbrio da musculatura, que ajuda muito na reabilitação. E, por fim, gosto de utilizar uma máquina chamada PST (Pulsed Signal Therapy), que é muito útil no tratamento da fratura de estresse, com excelentes resultados. O afastamento das atividades costuma ser necessário pelo menos no início do tratamento.
Como prevenir esse tipo de lesão?
MA: Não exagerar nos treinos, manter sempre a musculatura bem condicionada e equilibrada, pois os músculos é que dão o suporte necessário ao corpo, sendo, além do motor dos movimentos, um fator de defesa das articulações e ossos, protegendo-os de sobrecargas. Fazer alongamento e desaquecimento após os treinos, prevenindo lesões musculares. Por último e mais importante: saber respeitar os limites do seu corpo e ter sempre períodos de repouso entre os treinos – a recuperação é tão importante quanto o treinamento.
MA: Não exagerar nos treinos, manter sempre a musculatura bem condicionada e equilibrada, pois os músculos é que dão o suporte necessário ao corpo, sendo, além do motor dos movimentos, um fator de defesa das articulações e ossos, protegendo-os de sobrecargas. Fazer alongamento e desaquecimento após os treinos, prevenindo lesões musculares. Por último e mais importante: saber respeitar os limites do seu corpo e ter sempre períodos de repouso entre os treinos – a recuperação é tão importante quanto o treinamento.
Fonte: sua corrida.com.br