A maioria dos corredores faz
musculação com objetivo de evitar uma futura lesão, isto é, como prevenção.
Afinal, o que queremos mesmo é correr, correr e correr… Nenhum corredor
trocaria uma corridinha por uma aula de musculação, tenho certeza disso. O
problema é que alguns atletas só percebem a importância do fortalecimento
muscular num período tardio, isto é, quando as famosas dores começam a dar
sinal e o atleta tem que se afastar das corridas para um tratamento específico.
Para melhorar o desempenho em cada
prova e sentir-se menos cansado é preciso um ótimo preparo físico. Portanto,
devemos conciliar a corrida com os treinos de musculação, a fim de evitar uma
futura lesão e ter que ficar afastado das corridinhas que tanto nos faz bem.
Os benefícios da musculação para os
corredores são muitos, entre eles estão: melhora na habilidade de aumentar a
velocidade já que a força gera potência e agilidade; eficiência e a economia da
corrida são maiores, pois o atleta corre mais gastando menos energia; os ossos,
músculos e ligamentos ficam mais fortalecidos, prevenindo lesões; e por último,
a musculação auxilia o controle de peso e reduz a porcentagem de gordura no
corpo.
O corredor deve fazer um trabalho de
musculação específico para seu objetivo. Como qualquer exercício, para obter
bons resultados é preciso ter um limite. Treinos de musculação extremamente
fortes e com muito peso podem prejudicar o corredor, pois o atleta estará
trabalhando hipertrofia e aumentando sua massa muscular, que o deixará mais
pesado para correr. O corredor deve fazer um treino de resistência muscular
localizada, ou seja, um peso moderado com maior número de repetições. Tudo
depende do objetivo de cada um, do padrão individual e da integridade do
sistema músculo-esquelético (sinergismo muscular).
Para melhor avaliarmos a condição da
musculatura envolvida durante a corrida, que é principalmente a dos membros
inferiores, temos um teste chamado avaliação muscular por dinamometria
isocinética, onde podemos avaliar o sinergismo muscular dos membros inferiores,
em relação à força e potência e montar uma planilha de treinamento específica
para musculação de acordo com resultados do laudo isocinético realizado pelo
atleta. Este tipo de teste seguido do treinamento específico tem mostrado uma
significativa diminuição de lesões em corredores, diminuindo chances de
afastamento das corridas.
Podemos citar diversos tipos de lesões
que mais acometem os corredores, tais como: Síndrome do atrito da banda
iliotibial, Síndrome do estresse femuro patelar, tendinite patelar, fraturas
por estresse, bursite trocanterica, fascite plantar, lesões de menisco, osteíte
púbica, entre outras.
Lembre-se que conciliar a corrida com
os treinos de musculação é a melhor maneira de melhorar o desempenho em
corridas de rua e prevenir lesões.
Fonte: Mirian de Lion, fisioterapeuta
especializada em corrida - UOL