sexta-feira, 8 de junho de 2018

Saiba quais são as principais lesões causadas pela corrida



A corrida é um dos esportes mais democráticos que existem, por isso, também é a primeira escolha de quem quer perder peso. Para praticá-la, não é preciso fazer grandes investimentos, ou ir até um lugar específico, mas, apesar dessas facilidades, a corrida, assim como qualquer outro esporte, exige orientação e acompanhamento de um profissional.
“Praticar qualquer esporte sem o devido acompanhamento pode trazer prejuízos diversos para o esportista. No caso da corrida, as áreas do corpo mais afetadas são os joelhos, pernas, pés, tornozelos e coluna”, alerta o Dr. Nemi Sabeh Junior, coordenador do Centro Avançado de Medicina do Esporte, do Hospital Samaritano de São Paulo.
O especialista explica que existem dois tipos de lesões. As lesões por sobrecarga são as mais frequentes nos corredores. “Normalmente, este tipo de problema ocorre por treino excessivo e sem preparo, falta de descanso e também a falta de força”, alerta o Dr. Nemi.
As principais lesões por sobrecarga são a tendinite no tendão calcâneo, a fratura por stress, a osteotite do púbis, o joelho de corredor e a perostite tibial. “ A principal causa de problemas ortopédicos relacionados a corrida são os excessos, como no caso de mudanças de treinos e adição de treinos intervalados, ou seja, os famosos tiros na corrida”, explica o Dr. Nemi.
Quando detectado o problema, o atleta deve suspender o exercício até o final do tratamento e retomar as atividades somente após a liberação médica. No caso da tendinite, o tratamento consiste em realizar uma avaliação para entender qual é o músculo afetado e a harmonia de movimentos entre as articulações. ‘ No caso de uma fratura por stress, devemos evitar o exercício e esperar a fratura consolidar para o retorno aos treinos’ explica Dr. Nemi.
Já a osteotite do púbis e o joelho de corredor têm um tratamento um pouco mais demorado. Nestes casos, é importante trabalhar o fortalecimento da região com musculação aliada às sessões de fisioterapia. “O tratamento completo é fisioterápico. O profissional da área pode utilizar suas ferramentas de tratamento para analgesia e reforço muscular”, ensina o Dr. Nemi.
Além das lesões por sobrecarga, os entorses também podem prejudicar o desempenho dos corredores. “Esse tipo de problema costuma acontecer com quem não tem propriocepção, não trabalha fortalecimento muscular ou quem tem o costume de correr em terrenos irregulares”, diz o especialista. Em alguns casos, dependendo da gravidade do entorse, o treino deve ser interrompido para o tratamento.
 fonte:  SAMARITANO.COM.BR 
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Corrida na Mata do Pilão

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quinta-feira, 7 de junho de 2018

Escape de dores nos joelhos


Dor no joelho é uma queixa bastante comum de quem pratica esportes. Muitas vezes, nem há um trauma na região e o incômodo insiste em aparecer durante a corrida. Isso acontece porque alguns problemas na articulação são causados devido à alterações biomecânicas, movimentos repetitivos, fatores genéticos e fraqueza muscular, não por trauma.
dores nos joelhosEsse conjunto de alterações no joelho é chamado de disfunção femoropatelar. Conhecido popularmente como “joelho de corredor”, o mal atinge 30% dos atletas e seu principal sintoma é a dor na parte da frente da articulação.
Você tem (ou já teve) o problema? Nesse caso, a primeira pergunta que surge (junto com o pânico) é: “Preciso parar de correr?” A resposta: nem sempre (muito mais animador do que “sim”, certo?). O incômodo começa aos poucos e não é limitante na fase inicial e intermediária. Porém, quanto mais tempo você ignorar os alertas do corpo (leia dor) e demorar para iniciar o tratamento adequado, maior será a limitação e o tempo afastado dos treinos.

Como prevenir

É impossível acabar com os movimentos repetitivos de flexão e extensão da perna e o impacto que seu joelho recebe ao correr. Logo, o jeito é melhorar a capacidade da articulação em aguentar essas cargas. O fortalecimento muscular é o carro chefe para isso. O foco do trabalho de força deve ser os músculos diretos (quadríceps) e os que interferem de forma indireta na biomecânica do joelho (glúteos médio e máximo). Não menos importantes são a panturrilha e o core, que ajudam na absorção de impacto. E músculo forte só funciona bem se tiver boa elasticidade e souber exatamente quando entrar em ação. Portanto, nunca deixe de lado exercícios de controle postural, equilíbrio, propriocepção e alongamento.
*Beatriz Peres é fisioterapeuta do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa e instrutora de pilates. publicado no site do suacorrida.com.br


sábado, 26 de maio de 2018

Condicionamento físico tem ou não relação com a capacidade pulmonar?


Existe um erro conceitual que, de certa forma, é “consagrado pelo uso”. É comum associar um bom condicionamento físico a uma boa capacidade pulmonar, como já tivemos oportunidade de abordar nesta coluna.  A razão desta associação diz respeito ao fato de captarmos oxigênio pelos pulmões e, consequentemente, relacionarmos nossa capacidade de utilizar oxigênio para produzir energia com a capacidade deles. 
Claro que a captação de oxigênio pelos pulmões é fator determinante na produção de energia. Entretanto, este não é o fator limitante da nossa aptidão física. Em indivíduos saudáveis, o coração e sua capacidade de bombear sangue é que limitam a chamada aptidão aeróbica.  
euatleta coluna turibio respiração capacidade pulmonar pulmão (Foto: Getty Images)A pergunta que sempre ocorre é se um treinamento que melhora a capacidade de “bomba“ dos pulmões pode aprimorar a aptidão física. Curiosamente, o importante não seria aumentar a potência da bomba pulmonar, mas conseguir que um maior número de vasos sanguíneos prolifere nos pulmões. Esse efeito significaria oxigenar mais ou melhor o sangue e proporcionar uma rede vascular pulmonar aumentada, diminuindo inclusive o trabalho do coração de vencer uma resistência à passagem do sangue pelos pulmões.

         
Se tivéssemos aumento de vasos sanguíneos nos pulmões, como acontece nos músculos em decorrência do treinamento, teríamos uma melhora significativa da nossa aptidão aeróbica. Infelizmente, temos que aceitar que o treinamento não proporciona este benefício. O treinamento pode condicionar melhor os músculos esqueléticos da caixa torácica, podendo retardar o que se chama de fadiga dos músculos respiratórios.  
A capacidade de captação de oxigênio nos pulmões não melhora com o treinamento, levando ao conceito que pode parecer estranho de que os pulmões “não são treináveis”. Certamente, esta regra não vale para pacientes portadores de problemas pulmonares, que podem resgatar uma melhor capacidade de captação de oxigênio com o treinamento da função respiratória.  
            
A melhora de aptidão aeróbica depende da melhora de vários sistemas fisiológicos dos quais a bomba cardíaca é o fator limitante. Por mais que possa parecer estranho, nos indivíduos saudáveis, os pulmões não se adaptam ao treinamento. 
Texto de  TURÍBIO BARROS - Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício
Fonte: Globoesporte.com / EuAtleta.com


Corrida Track Field em setembro







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Entenda como deve ser feita a reposição de carboidratos em uma corrida longa


Os carboidratos são nutrientes básicos para fornecimento de energia para atividades do dia a dia e para a prática esportiva. São combustíveis cerebrais, previnem e retardam a fadiga, atuam na manutenção do sistema imunológico, mantêm a glicemia e as reservas de glicogênio muscular e hepático, mantêm o atleta por mais tempo praticando exercício, e poupa a utilização de proteínas como fonte energética.
Há diferentes tipos de repositores de carboidratos, os géis são os mais utilizados (Foto: iStock Getty Images)Os suplementos de carboidratos, os repositores, podem estar na forma de gel, barras, jujubas, pó e bebidas, sendo utilizados principalmente por praticantes de atividades de endurance (atividades de 1 a 4 horas de duração como: natação, ciclismo, corrida, trekking) ou em atividades acima de 1 hora.

Diferentes tipos de carboidratos presentes nos géis, jujubas e bebidas:
Dextrose, ou simplesmente glicose: é um monossacarídeo, um carboidrato simples. É rapidamente absorvido, possui alto índice glicêmico com alto estímulo à insulina.
Maltodextrina: é um oligossacarídeo, carboidrato complexo, associação de Maltose e Dextrina. Possui de 5 a 10 moléculas de glicose que precisam ser digeridas por enzimas digestivas para serem absorvida no intestino, portanto possui absorção mais lenta do que a dextrose, mas tem alto índice glicêmico.
Waxy Maize: extraído do milho ceroso. É a principal forma de armazenamento de carboidratos nos vegetais, possuindo 70% de amilopectina e 30% de amilose. Absorção mais lenta do que a dextrose e maltodextrina.
Frutose: é um açúcar simples, um monossacarídeo, produto final da digestão da sacarose (glicose + frutose) e deve ser convertida à glicose para ser utilizada como fonte energética. Possui baixo índice glicêmico.
Palatinose: é um dissacarídeo isômero da sacarose, obtido do açúcar da beterraba através de um rearranjo enzimático entre ligações de moléculas de glicose e frutose. Por ser digerida e absorvida mais lentamente e ter baixo índice glicêmico não apresenta picos glicêmicos e possui menor estímulo insulínico.
Exemplo de equivalentes de repositores de carboidratos = 20g a 25g
GEL EXCEEED 30g -1 embalagem 30g
GEL GU 30g - 1 embalagem 30g
WAFER DE CARBOIDRATOS - 1 embalagem 30g
GATORADE/POWERADE - 1 embalagem 500ml
JUJUBA HONEY STINGER - ½ pacote = 5 unid - ½ embalagem ou 5 unidades
Como pode ser utilizado: pré-treino, intra-treino ou pós-treino?
Pré treino: os suplementos repositores de carboidratos (gel e jujuba ou gatorade) não são usualmente indicados antes de treinos. Entretanto, em situações especiais em que o atleta não consegue ou não se sente bem para se alimentar antes de iniciar um treino ou quando realiza, por exemplo, café da manhã muito cedo (antes da largada de uma competição/ treino) pode ser indicado por uma rápida absorção.
Durante o treino: maior forma de utilização. Os estoques de carboidratos são limitados, sendo o glicogênio muscular a principal fonte de carboidratos no organismo (300 a 400g), seguido pelo glicogênio hepático (75 a 100g) e pela glicose sanguínea (25g). As reservas são depletadas entre 60 a 90 minutos dependendo da intensidade do exercício, portanto a reposição de carboidratos faz-se necessária para manter o desempenho e o atleta por mais tempo praticando a atividade.
Produtos contendo diferentes combinações de carboidratos (“blends”) maximizam a absorção por utilizarem diferentes transportadores para absorção intestinal, resultando em taxas de oxidação de 20 a 50% mais elevadas. O esvaziamento gástrico e a absorção podem ser acelerados com a combinação dos diversos tipos de carboidratos. A percepção ao esforço também é diminuída com a combinação.
OBS: géis de carboidratos devem ser utilizados com água para melhor esvaziamento gástrico e absorção.
Fonte: Eu Atleta