Se os cientistas ainda não
conseguiram explicar por que os corredores jamaicanos são mais rápidos que os
concorrentes, em um domínio constrangedor, a tia do campeão olímpico Usain Bolt
parece ter encontrado a solução do mistério: a batata doce. Não ria: de acordo
com Lilly Bolt, o segredo de seu sobrinho ser tão rápido são os pratos feitos
em seu restaurante a partir do tubérculo. A tia de Bolt revela que o velocista
come desde pequeno generosas porções de batata-doce cozida e que esse é o
combustível indispensável do homem mais rápido do mundo. O que parece ser
apenas um elemento folclórico dos jamaicanos já ganhou adeptos entre os
pesquisadores da área de medicina esportiva. “É um efeito bioquímico. A batata-doce
é rica em fitoesteróides, compostos orgânicos que são convertidos pelo corpo em
hormônios como testosterona”, disse a VEJA o médico Errol Morrison, presidente
da Universidade de Tecnologia de Kingston, um dos maiores centros de pesquisa
sobre desempenho esportivo da Jamaica.
Mas, antes que alguém corra ao
supermercado em busca do elixir da velocidade, um aviso: o resultado não é instantâneo.
“Aliado a um treinamento intensivo desde a infância e a adolescência, o alto
consumo desses esteróides faz com que os jovens desenvolvam exageradamente as
fibras musculares, principalmente aquelas de resposta rápida”, diz Morrison.
Essa hipótese, ainda segundo o cientista jamaicano, faz mais sentido do que a
existência de um gene especial para a corrida. “Foram analisadas amostras de
tecido e DNA de velocistas como Usain
Bolt e Asafa Powell, em busca de genes pretensamente ligados ao ato da corrida.
Não foi encontrada nenhuma diferença em relação ao resto da população.
Fontes: The
Perfection Point, e Track & Field News